Os vereadores de Cuiabá, Dídimo Vovô (PSB) e pastor Eduardo Magalhães (Republicanos), travam uma queda de braço nos bastidores da Câmara em torno dos "rolêzinhos" de motos. Dídimo defende a construção de uma "arena" para acomodar os eventos de motos, manobras e som automotivo. O pastor vai no sentido oposto, pedindo a proibição. Os projetos de lei de ambos entraram no pequeno expediente desta quinta-feira (6), mas foram ignorados pela presidente da Câmara, Paula Calil (PL), que não os colocou para votação na pauta da sessão ordinária.
Dídimo explica que a arena é uma reivindicação da "Associação de Som Automotivo de Cuiabá – ONG 24 horas" e seria construída com recursos privados, longe do perímetro urbano, em área rural. Segundo ele, a intenção é atingir um equilíbrio, atendendo aos apreciadores das atividades sem causar desconforto a quem não é adepto.
"Ressalta-se ainda a relevância para a economia com a realização de tais eventos, haja vista ser uma fonte geradora de empregos, renda e comércio em dias de evento, ressaltando ainda que a realização de eventos em um local apropriado reduzirá os riscos associados a atividades não regulamentadas nas vias públicas", justifica o vereador.
Eduardo Magalhães contrapõe Dídimo e polemiza, afirmando que a prática "sempre acaba gerando desordem, barulho e, eventualmente, vandalismo", provocando "medo nas demais pessoas", além de incomodar com o "barulho". O vereador relembra o episódio do "rolêzinho do grau" na madrugada do último Natal, em dezembro de 2024, que terminou com a apreensão de várias motos, sendo uma delas objeto de roubo, em uma trincheira da Avenida Miguel Sutil.
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"São situações inaceitáveis como as que ocorrem na noite de Natal e em outras datas comemorativas, evidenciando a urgência de termos mais instrumentos para aumentar a fiscalização e fortalecer as ações de conscientização sobre o prejuízo que esse ato causa à sociedade", reforça o pastor.
O PL de Eduardo determina que a polícia seja acionada junto com a Secretaria de Mobilidade Urbana e a Secretaria de Ordem Pública. Ele também sugere que os infratores sejam multados em R$ 121,75. Na reincidência, o valor dobra. A arrecadação será destinada ao Fundo Municipal de Trânsito e Transporte Urbano.
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