A vereadora por Cuiabá, Maria Avallone (PSDB), disse que o prefeito Abilio Brunini (PL) pode encerrar o contrato com a CS Mobi, concessionária responsável pelo estacionamento rotativo, sem onerar a instalação de uma CPI na Câmara. Avallone acredita que o prefeito deveria "ficar no seu quadrado", usando a estrutura do Executivo e não envolvendo os vereadores em polêmicas da sua gestão.
"Eu acho que tem coisas que podemos estar conversando com ele. Sobre a CPI que quer se colocar, acho que o prefeito tem toda autoridade e autonomia para fazer isso. Ele não precisa nem da Câmara", opinou Maria Avallone nesta terça-feira (4). "Se tem um contrato que não é legal, ele tem autoridade de analisar sem precisar estar mandando aqui pra Câmara", emendou a vereadora.
"A participação de um prefeito na Câmara é importante para que possa trazer propostas ao vereadores, mas tudo tem um limite, cada um no seu quadrado", falou a vereadora
O pedido de abertura da CPI foi protocolado por Rafael Ranalli (PL), vereador da base de Abilio. Segundo ela, da forma que o requerimento foi articulado é uma maneira de pressionar os vereadores.
"Às vezes, colocada desse jeito a gente começa a sentir que seja [um instrumento de pressão]. Fomos eleitos não para sermos pressionadas, mas sim para analisar propostas boas para contribuir com ele", destacou.
FALTA LIMITE
A vereadora criticou o comportamento de Abilio e cobrou que o limite entre os poderes seja respeitado. Para ela, o prefeito se posiciona como se a Câmara fosse um "puxadinho" do Alencastro.
"A participação de um prefeito na Câmara é importante para que possa trazer propostas ao vereadores, mas tudo tem um limite, cada um no seu quadrado. Executivo é Excutivo e aqui é o Legislativo. Tem que respeitar a nossa opinião. Não podemos fazer o que todos dizem que aqui é um puxadinho. Vamos estar analisando todas as propostas e trabalho que o prefeito andar, vou estar sempre atenta", concluiu.
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