A juíza Helícia Vitti Lourenço, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou, nesta quarta-feira (9), que a Polícia Civil entregue, em cinco dias, todos os vídeos de câmeras de segurança coletados durante a investigação contra o tenente-coronel da Polícia Militar Otoniel Gonçalves Pinto, que matou o assaltante Luanderson Patrik Vitor de Lunas, invadiu sua residência. O homicídio ocorreu durante a tentativa de fuga.
A decisão atende a um pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), que apontou que os vídeos foram apenas parcialmente anexados aos autos, o que compromete a completa elucidação dos fatos imputados ao acusado.
Segundo o despacho, os vídeos foram utilizados para a elaboração de relatórios policiais, mas não foram juntados na íntegra ao processo. “Há vídeos das câmeras de CFTV utilizados para elaboração de relatórios policiais, mas que não foram acostados na integralidade aos autos, o que, por consequência, prejudica a elucidação completa dos fatos imputados ao acusado”, registrou a magistrada.
A juíza deferiu o pedido do MP e determinou a expedição de nova requisição à autoridade policial. A polícia deverá anexar todos os vídeos coletados durante a fase investigativa, inclusive aqueles já utilizados nos relatórios, ou justificar formalmente a impossibilidade de fazê-lo.
HOMENAGEM
Na Câmara de Cuiabá, após o Ministério Público denunciar o tenente em fevereiro, o vereador Rafael Ranalli (PL) apresentou a proposição do título de herói cuiabano ao PM. De acordo com o vereador, a execução de bandidos deve ser equiparada a atos de bravura. No mesmo mês, Otoniel foi nomeado para comandar a segurança da Assembleia Legislativa.
RELEMBRE O CASO
Em 28 de novembro de 2023, Otoniel havia acabado de deixar seus filhos na escola quando foi surpreendido, já no interior de sua residência, por Luanderson e um cúmplice não identificados. Ele foi rendido e conduzido, junto com sua esposa Leila e seu sogro Donato, para um cômodo, enquanto os criminosos roubavam bens pessoais.
Durante a fuga dos assaltantes, Otoniel pegou sua arma funcional e disparou oito vezes contra o veículo em que Luanderson estava. Um dos tiros atingiu fatalmente a vítima, que dirigiu por alguns metros antes de colidir e morrer no local.
Diante dos fatos, o MP requereu sua citação para responder à acusação de homicídio, que foi acolhida pela Justiça em julho de 2024.
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Jcarlos 10/04/2025
Parabens policial. Vc é um herói
Júlio César 10/04/2025
Pergunta. Se tivessem invadido a casa. Dessa Magistrada e o bandido fosse morto por um policial, ou pelo marido dela, a conduta seria a mesma?
2 comentários