O presidente do PRD em Mato Grosso, Mauro Carvalho, afirmou que convidou o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (União Brasil), líder do governador Mauro Mendes (União Brasil) na Assembleia Legislativa (ALMT), para se filiar no partido. É a segunda tentativa do ex-secretário-chefe da Casa Civil de levar Dilmar à sigla. Em 2024, quando o PRD foi fundado, Carvalho investiu fortemente na filiação do deputado, porém, as conversações não prosperaram.
Segundo o presidente da sigla, a "porta" está aberta para recebê-lo. "O Dilmar deve vir para o PRD, mas é uma decisão dele. Não posso falar por ele. O convite foi feito e a porta está aberta", falou Mauro Carvalho à imprensa.
Dal Bosco é assediado por sua posição de liderança na AL, qualidade de negociador e aglutinação política. Ele é o secretário-geral do União Brasil e principal responsável pela interloculação do partido com os diretórios nas 142 cidades de MT. Sua posição foi essencial para projetar Mauro à presidência do PRD.
À época, o UB atravessava uma crise interna com a disputa entre o atual chefe da Casa Civil, Fabio Garcia, e deputado Eduardo Botelho, que pleiteavam dentro do partido o direito à candidatura de prefeito de Cuiabá. Mendes endossava Fabio ao Alencastro e o retirou da Câmara dos Deputados, em Brasília, o nomeando à Casa Civil. Dal Boscco, favorável à candidatura de Botelho, pressionava Mendes e começou a conversar com a nacional do PRD que ainda estava em formação.
Júlio Campos (União Brasil) acompanhou Dilmar e os dois chegaram a ir até São Paulo para conversar sobre a presidência do novo partido. Mauro Mendes trabalhou nos bastidores para Carvalho assumir a executiva, mantendo sua influência no cenário político. Para isso, cedeu, aprovando a candidatura de Botelho. Carvalho assumiu o comando do partido, mas se manteve próximo a Dal Bosco, chegando a ensaiar o lançamento da sua candidatura à prefeitura de Sinop (a 480 km de Cuiabá), no entanto, o deputado preferiu não concorrer.
O diálogo de Dilmar com o PRD é retomado em meio a uma nova quebra dentro do União Brasil com o desacerto entre o senador Jayme Campos e Mendes. Campos tem reiterado que irá concorrer ao governo nas eleições 2026, indiferente de ter ou não o apoio de Mauro Mendes que já sinalizou ser favorável à candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos). Júlio e Jayme, por sua vez, transitam fora do União, abrindo diálogo até mesmo com a esquerda.
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