A vereadora Baixinha Giraldeli (Solidariedade) criticou duramente a rejeição, pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Câmara de Cuiabá, de um projeto de sua autoria que visava garantir às pessoas carentes o direito de realizar um cortejo fúnebre digno para seus entes queridos. Em um discurso emocionado na tribuna durante a sessão desta terça-feira (25), a vereadora fez um apelo aos colegas parlamentares para que votassem contra o parecer da Comissão.
Para Giraldeli, a rejeição do projeto reflete uma sociedade que negligencia as necessidades dos mais pobres. "Rejeitaram o projeto porque é pobre, deve ser", afirmou, expressando sua indignação com o que considera uma decisão marcada por preconceito social. Ela criticou veementemente a CCJR, afirmando que a proposta foi derrubada sem uma real compreensão da realidade enfrentada pelas populações vulneráveis.
"Eles provavelmente não sabem a dificuldade de uma pessoa carente poder realizar um cortejo", declarou Giraldeli, destacando a desigualdade de acesso aos serviços funerários. A vereadora acusou seus pares de falta de empatia e de uma desconexão com as necessidades reais da população de Cuiabá.
Em tom de desabafo, ela apelou diretamente aos vereadores presentes: "Eu peço hoje, de coração, aos meus amigos, 26, 27 comigo, que votem contra a CCJ, porque provavelmente eles não têm sentimento", referindo-se à decisão da Comissão. Para ela, sua proposta não se tratava apenas de uma questão de justiça social, mas de garantir um direito básico à dignidade humana.
"Eu te pergunto, onde estão os direitos dessas pessoas?", questionou Giraldeli, lembrando que muitos bairros de Cuiabá sequer são atendidos pelos serviços públicos da prefeitura, deixando a população carente à margem. A vereadora fez uma dura crítica à invisibilidade dessa parcela da população, que, segundo ela, muitas vezes não tem nem o que comer, quanto mais condições de arcar com o custo de um cortejo fúnebre digno.
Para amenizar a situação, Giraldeli sugeriu a criação de parcerias com casas funerárias, de forma a oferecer serviços de cortejo gratuitos ou com custos reduzidos para aqueles que não têm condições financeiras de bancar a cerimônia.
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