O 'presidente' da facção criminosa Comando Vermelho em Mato Grosso, Sandro Silva Rabelo, o “Sandro Louco, arrecada entre R$ 70 e 80 mil com vendas no mercadinho da Penitenciária Central do Estado (PCE), onde está detido. Especula-se que a quantia movimentada chegue ao montante de mais R$ 13 milhões, entre 2019 e 2023. A confissão veio através de um depoimento dado por Sandro Louco em 2024.
“Em depoimento, ele falou que ele ganhava de R$ 70 mil a R$ 80 mil por mês com a venda dessas mercadorias”, informou o chefe do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), o promotor de Justiça Adriano Roberto Alves, em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (7).
Sandro Louco ainda disse que o mercadinho possibilitava a circulação de mercadorias e capitais de maneira autônoma pelos líderes faccionados. Sugeriu, também, a ocorrência de movimentação milionária de dinheiro em espécie no local, sem qualquer fiscalização, por servidores públicos investigados e reclusos da unidade prisional e que toda a verba transacionada era relacionada à Associação dos Servidores da Penitenciária Central (Aspec).
O promotor de Justiça contou que durante uma ação da Polícia Civil, agentes encontraram cerca de 200 quilos na cela de uma das lideranças da facção criminosa. O material seria revendido nos mercadinhos, movimentando dinheiro par ao crime organizado.
Adriano garantiu que já existem investigações sobre lavagem de dinheiro com o uso desses estabelecimentos comerciais nas unidades prisionais. Contudo, preferiu não repassar mais detalhes para não prejudicar a apuração.
“Bom, existe uma investigação sobre isso. Eu não posso dar detalhes do que que está sendo investigado e como está sendo. Mas, provavelmente será feita uma operação sobre isso”, revelou.
Depois do depoimento de Sandro Louco, o Gaeco deflagrou, em dezembro de 2024, a Operação Nexus, que apurou a participação de servidores públicos com o Comando Vermelho, em especial em relação aos mercadinhos.
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