O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal (PF) investigue, em dez dias, se Gleidson de Almeida Dias descumpriu a proibição de uso de redes sociais, imposta no Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) celebrado com o Ministério Público Federal. Também conhecido como “Gleidson Discovery Patriota” (PL), ele foi eleito suplente de vereador de Juara (655 km de Cuiabá). A decisão foi proferida nesta terça-feira (5).
Ele foi uma das centenas de pessoas detidas pelos atos antidemocráticos em Brasília (DF), uma semana após a posse do presidente Lula (PT). Pelo acordo homologado, Gleidson foi denunciado pelos crimes de incitação ao crime e associação criminosa, em conexão com atos antidemocráticos. Como parte do ANPP, ele se comprometeu a cumprir medidas como prestação de serviço comunitário, participação presencial em curso sobre democracia, pagamento de multa e a proibição de participação em redes sociais até a extinção do acordo.
Em setembro de 2024, o Ministério Público de Mato Grosso comunicou ao STF um possível descumprimento da proibição de uso de redes sociais por parte de Gleidson. A Procuradoria-Geral da República, então, solicitou que ele fosse intimado a prestar esclarecimentos. O réu apresentou, de forma espontânea, suas justificativas, e a 3ª Vara Criminal de Juara informou o cumprimento integral do acordo.
No entanto, a PGR reiterou o pedido para que a Polícia Federal investigue se o réu realmente respeitou a restrição imposta. Caso seja constatado o descumprimento, o acordo pode ser rescindido.
“Acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República e determino que a Polícia Federal realize, no prazo de 10 dias, as diligências necessárias para verificar o cumprimento da proibição de utilização de redes sociais abertas imposta a Gleidson de Almeida Dias, a partir da homologação do ANPP, em decisão proferida em 3/5/2024 até a presente data”, finalizou Moraes.
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