A presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT), Bruna Santiago, afirmou, em entrevista ao HNT, que a enfermagem está 'pedindo socorro'. Ela alertou que os profissionais estão enfrentando crises de ansiedade e outros problemas devido à sobrecarga de trabalho nas Unidades Básicas de Saúde de Cuiabá, especialmente com o surto das arboviroses e as recentes mudanças na política de atendimento. As unidades passaram a atender em livre demanda, o que tem gerado uma pressão ainda maior sobre os enfermeiros.
Bruna Santiago destacou que o Coren-MT tem intensificado a fiscalização nas unidades de saúde, avaliando as condições e realidades enfrentadas pelos profissionais.
"O que esperamos é que a saúde pública de Cuiabá funcione em rede, com cada setor cumprindo suas obrigações, para garantir o melhor resultado e evitar sobrecarga mental, psicológica e física nos profissionais", afirmou. Ela também destacou a importância de conhecer as responsabilidades de cada nível de atenção para evitar sobrecarga desnecessária.
Além disso, a presidente do Coren-MT abordou a preocupação com as mudanças adotadas pela prefeitura no atendimento de pacientes nas UPAs e UBSs.
"Não basta apenas mudar a forma de atendimento, as unidades precisam estar preparadas. Estamos recebendo denúncias sobre falta de insumos e dificuldades na comunicação dentro da saúde", ressaltou.
Embora faça críticas com relação às condições de trabalho, Santiago negou que a categoria tenha alguma 'rixa' com o prefeito da Capital, Abilio Brunini (PL). Por outro lado, admitiu que, nos últimos dias, aumentaram as queixas dos profissionais sobre o acúmulo de trabalho e a precariedade das condições.
“A enfermagem está pedindo socorro em relação a algumas condutas adotadas que não têm recebido o devido suporte. No último fim de semana, tomamos conhecimento de que profissionais de UPAs tiveram crises de ansiedade devido à sobrecarga e ao acúmulo de trabalho em unidades subdimensionadas. Além disso, recebemos queixas de profissionais da atenção básica preocupados com a chegada de pacientes que necessitam de procedimentos para os quais não há instrumentos disponíveis, muitas vezes devido a informações desencontradas”, concluiu.
OUTRO LADO
Procurada, a prefeitura ainda não encaminhou posicionamento. O espaço segue aberto.
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