A empresa Imagem Eventos, envolvida em um polêmico caso de cancelamento de diversas formaturas em Cuiabá e Várzea Grande, às vésperas das datas programdas, se manifestou publicamente nesta segunda-feira (03) para esclarecer os fatos e negar as acusações de fraude.
Em nota oficial e em entrevista ao HiperNotícias, o advogado da empresa Marcos Roberto da Silva, afirmou que a Imagem Eventos não teve a intenção de aplicar um golpe e que a decisão de entrar com um pedido de recuperação judicial foi a única alternativa para garantir a sobrevivência da empresa e o pagamento dos credores. Apesar da defesa, o advogado admite que pode ter havido erro na condução administrativa da empresa e ainda denunciou ameaças de morte.
"A empresa não deu calote, não fugiu, não sumiu, ninguém saiu do Brasil. Por uma questão de segurança eles não compareceram na sede da empresa.", afirmou o advogado. "Ressaltamos que o diretor da empresa se afastou temporariamente da cidade de Cuiabá
devido a ameaças de morte recebidas em seu número pessoal, atualmente desativado por segurança. ", destacou na nota.
Ele explicou que a empresa enfrentou dificuldades financeiras desde a pandemia e que, apesar de todos os esforços, não conseguiu honrar todos os seus compromissos.
Ele justifica que a decisão de cancelar as formaturas foi difícil, mas necessária. "A empresa lutou até o último minuto para arrecadar recursos, negociar com fornecedores e obter empréstimos bancários, com o objetivo de realizar todos os eventos contratados", afirmou o advogado.
A Imagem Eventos entrou com um pedido de recuperação judicial, que está tramitando na 1ª Vara Cível de Cuiabá. De acorod com o advogado, o processo visa permitir a renegociação das dívidas da empresa e a continuidade de suas atividades.
"A gente não está dizendo que foi a maneira mais correta de lidar com a situação. Se a empresa tivesse certeza de que não conseguiria entregar, essa comunicação teria vindo sim antes. Uma empresa que quer aplicar um golpe não utiliza instrumentos legais para possibilitar o pagamento dos demais. O pedido (de recuperação) é justamente para apurar o quanto a empresa deve e de acordo com o que é possível realizar o pagamento de todos os credores.", defendeu o advogado.
Em relação aos eventos que não foram realizados pela empresa, o advogado esclareceu que a empresa se colocou à disposição de reagenda-los havendo interesse da turma, e "se a recuperação for aprovada". E nas turmas que não tiverem interesse, será possibilitada a rescisão e devolução dos valores, a partir também do encaminhamento do processo que já foi protocolado.
Nesta segunda-feira (03), a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a conduta da Imagem Eventos, acusada de dar ‘calote’ em formandos de faculdades de Cuiabá e Várzea Grande, o que culminou no cancelamento das cerimônias de formatura, depois do registro de mais de 20 boletins de ocorrência.
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