O deputado estadual Wilson Santos (PSD) disse que espera as resoluções do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab (PSD-SP), para decidir o seu futuro político. O PSD negociava uma fusão com o PSDB, o que refletiria diretamente na composição de chapas. Com o recuo dos tucanos, segundo Wilson, Kassab voltou a investir no reforço do relacionamento com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
Kassab é o atual secretário de Governo e Relações Institucionais de Tarcísio. Sua intenção é dissuadir Tarcísio de concorrer à presidência pelo PL. Caso o governador de SP se mantenha no Republicanos e aborte os planos à Brasília, Kassab tentará compor como vice, se preparando para candidatar-se ao governo na majoritária seguinte. Caso a aliança prospere, as articulações em Mato Grosso do PSD serão impactadas. O diretório terá de repensar o seu posicionamento, uma vez que está próximo ao PT no estado e o Republicanos de Tarcísio é o partido do vice-governador Otaviano Pivetta que tem se colocado como pré-candidato ao Paiaguás em 2026.
"Estou no aguardo do que vai acontecer em Brasília. O PSD saiu fortalecido das últimas eleições municipais, ultrapassando o MDB, sendo o partido que mais fez prefeituras em nível nacional. Parece-me que o Kassab articula para ser vice na reeleição do Tarcísio em São Paulo, já prevendo ser governador daqui um tempo", disse Wilson Santos à Rádio Cultura FM nesta quinta-feira (20).
O deputado demonstrou falta de sintonia com o partido em Mato Grosso devido a falta de diálogo da executiva do PSD com os filiados. Alfinetando o presidente estadual Carlos Fávaro, Wilson asseverou que as reuniões são incentivadas somente na proximidade das eleições para discutir a divisão do fundo eleitoral.
"O PSD, como a unanimidade das agremiações, não se reúnem. Os partidos do Brasil viraram expressões cartorais, só em ano de eleição, e, principalmente, para dividir o bolo financeiro", disparou.
"(Na época das eleições) as reuniões, às vezes, são feitas três vezes no mesmo dia. O resto ninguém discute proposta, os membros não conhecem o estatuto, não participam. De quatro em quatro anos, se reúnem para discutir o repasse à campanha. Não term reunião de nada, ninguém chama ninguém", completou Wilson.
RELAÇÃO ABALADA
Nas eleições municipais de 2024, Wilson rompeu com o diretório de Cuiabá no primeiro turno ao optar por apoiar a candidatura a prefeito do deputado Eduardo Botelho (UB). Ao negar subir no palanque do PT que tinha Lúdio Cabral (PT) como candidato ao Alencastro e a filha do presidente, Rafaela Fávaro (PSD), a vice. Diante do impasse, Wilson foi retirado a pedido da presidência do diretório e o cargo foi repassado a Raufrides Macedo (PSD) que, à época, cumpria a suplência do ex-vereador Paulo Henrique (MDB).
O descompasso interno foi pacificado somente no segundo turno, com o avanço de Lúdio e a derrota de Botelho. Wilson voltou atrás e ficou com o candidato apoiado pelo partido.
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