O presidente do Progressistas em Cuiabá, Euzébio Diniz, avalia como positivo para o contexto nacional a discussão para federar o PP ao Republicanos e União Brasil. Porém, ao refletir sobre as composições de chapas a nível estadual, o presidente tem suas ressalvas. Para explicar, Euzébio voltou às eleições de 2022, ano em que o PP elegeu deputados estaduais com 25 mil votos. Segundo ele, caso a aliança seja consolidada, a média subirá para 30 mil votos, o que espantaria os nomes ventilados e cotados atualmente.
"Na Assembleia Legislativa, você passa a ter uma bancada de sete deputados com essa federação. Você começa a ter problemas, vai reeleger sete, mas e os novos? Estamos construindo hoje no Progressistas uma chapa mediana. Se ficarmos sozinhos, já temos a chapa pronta. Se federar, espanta todo mundo", diz Euzébio Diniz no episódio do HNT TV divulgado nesta sexta-feira (31).
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A alta da média de votos se dá pelas regras do coeficente eleitoral. Mas outro fator que preocupa o presidente é a composição da chapa. Com os três partidos unidos, a bancada da federação, em tese, teria sete cadeiras. O desafio será fechar a chapa com candidatos capazes de atingir o número mínimo de votos. Neste primeiro momento, o partido que levaria antagem ao indicar seria o União Brasil que tem candidatos testados nas urnas dentro da média estimada.
"Se ficarmos sozinhos, já temos a chapa pronta. Se federar, espanta todo mundo", ironizou o presidente do PP
"Para estadual, vai ter problemas pois em Mato Grosso. No União Brasil tem gente que ficou de fora com quase 30 mil votos. No PP, foi eleito o mais votado com 25 mil e no Republicanos teve gente que foi eleito com 20 mil e pouco. Juntando esses três a média será de 30 mil, a média não cai. O número de vagas pode aumentar, mas aumenta o sarrafo também", observou.
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Nas chapas de Brasília, a soma da federação seria astrônomica. Euzébio explicou que dentro do coefiente seria necessário contabilizar 180 mil votos. A chapa teria 10 candidatos. Cada partido indicaria três nomes, sendo que um seria o de uma mulher.
"Quando você federa, você divide o mesmo números de vagas pelos partidos somados. Então, vai dividir as 10 vagas por três partidos. Cada um vai lançar três mais um, você acaba facilitando. Três nomes você acha naquele partidos, três naquele e mais três naquele outro. Sendo que das três vagas, temos que dispensar 30% para as mulheres. Então, também terá de ter três mulheres. Se for um partido só, nesse caso, cada partido arruma uma", explicou.
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