"O Ministério Público vem nos cobrando sobre esse rompimento com as organizadas, mas eu não posso romper com aquilo que não temos elo. Nós não temos elo com essas torcidas. Não temos nenhum vínculo com as torcidas chamadas organizadas ou tidas como violentas, como disse o MP (Ministério Público), isso eu posso garantir", declarou Romão.
"Inclusive, eu sou muito criticado por isso. Por exemplo, temos algumas torcida que eu gostaria até de apoiar mais, com causas sociais ou propósitos legais, mas como é um decisão diretiva, acabamos não tendo elo com nenhuma", afirmou o presidente do Sport.
As declarações ainda são um reflexo da violenta briga de torcidas que aconteceu no sábado, envolvendo organizadas do Sport e do Santa Cruz. Doze pessoas foram hospitalizadas por agressões físicas e não houve mortos, segundo a Polícia Militar de Pernambuco. No domingo, quatro permaneciam no Hospital da Restauração, entre elas um homem que foi espancado, teve suas roupas arrancadas e foi violentado sexualmente no meio da rua com uma barra de ferro.
De acordo com relatório da Polícia Civil, integrantes das duas organizadas utilizaram as redes sociais para agendar as brigas de rua, que são chamadas de "pistas". O documento traz também imagens com a convocação para os atos de violência.
As impactantes imagens de violência causaram forte repercussão nas redes sociais e mobilizaram a diretoria dos dois clubes. O Ministério do Esporte condenou o episódio e a governadora Raquel Lyra (PSDB) determinou que os próximos cinco jogos do Sport e Santa Cruz sejam disputados com portões fechados, sem torcida. Mas a decisão foi derrubada na Justiça.
MEDIDAS
Além de rebater declarações do governo estadual, o presidente do Sport afirmou que o clube já está implementando medidas exigidas pelo Poder Judiciário. A direção já fechou o setor destinado às torcidas organizadas durante este mês de fevereiro. E prometeu implementar, a partir do próximo mês, o reconhecimento facial e a biometria de todos os torcedores na entrada do estádio, e instalar câmeras de vídeo para o monitoramento dos torcedores.
Na Ilha do Retiro, o reconhecimento fácil será obrigatório a partir do dia 15 deste mês. De acordo com o clube, o processo de colocação das catracas com biometria facial já estavam em estágio avançado no estádio e começaram a ser colocadas a partir do último semestre de 2024.
(Com Agência Estado)
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