Após o acidente, a Polícia Civil indiciou Nayn José Sales por tentativa de homicídio culposa (sem intenção). Com essa classificação, o motociclista não iria a júri. Em outubro, a Justiça acatou a acusação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que indicava o crime como tentativa de homicídio por dolo eventual (quando se assume o risco de matar).
Os argumentos do MP-SP são que Sales assumiu o risco ao trafegar sem ter habilitação, estar acima da velocidade permitida na via e ter participado de uma festa open bar na madrugada do acidente. Ele mesmo foi ouvido na audiência desta quarta-feira, além de outras 12 testemunhas. Ainda não há data para o Tribunal do Júri.
Luisa Baptista foi atropelada no dia 23 de dezembro de 2023, durante um treinamento de ciclismo na Estrada Municipal Abel Terrugi (SCA-329), em São Carlos, município do interior de São Paulo. O impacto resultou em múltiplos ferimentos e fraturas graves.
Após cirurgias, ela enfrentou complicações na coagulação sanguínea e nos pulmões, passando por terapia de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO). O procedimento funciona como um pulmão artificial, desviando o sangue do coração do paciente para oxigená-lo em uma membrana e depois reinserindo-o no corpo. Depois, Luisa chegou a ser transferida de helicóptero para a capital. A triatleta teve alta em abril de 2024.
Campeã nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, no Peru, Luisa conquistou a medalha de ouro na prova individual feminina do triatlo e na disputa do revezamento misto, ao lado de Vittoria Lopes, Manoel Messias e Kauê Willy. Também foi a 32ª colocada nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, disputado em 2021.
(Com Agência Estado)
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