A entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedida pela manhã ao canal ICL Notícias, teve pouca influência nos negócios, mas mantém o mercado cauteloso, segundo avalia José Raymundo Faria Junior, diretor da Wagner Investimentos. Ele avalia que o discurso não trouxe novidades, mas reforça que o governo deverá buscar reforçar medidas que visem recuperar sua popularidade, mas que terão também efeitos negativos, seja no âmbito fiscal ou no inflacionário.
"O dólar não tem um gatilho para o curto prazo para subir, mas após o Carnaval é que saberemos como ficarão as coisas, pois teremos o retorno do Congresso, definição de juros pelo BCE e o PIB do Brasil. É também quando expira a suspensão de 30 dias das tarifas impostas por Donald Trump ao México e ao Canadá e ele deverá se pronunciar", analisa o profissional.
Quanto à suspensão de linhas de crédito rural subvencionado, a perspectiva é de potencial impacto negativo no câmbio doméstico.
"Hoje grande parte da nossa produção rural é exportação, principalmente soja, milho. Quando você tem uma suspensão das linhas, você consegue projetar uma produção menor e, como consequência, você vai ter uma exportação menor, que traz menos dólares para o mercado interno e isso pode influenciar um pouco", explica Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora.
Às 11h09, o dólar à vista era cotado a R$ 5,7087, em alta de 0,08%. O dólar futuro para março subia 0,03%, a R$ 5,7140.
(Com Agência Estado)
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