A pesquisa da Conab considera as cinco hortaliças (batata, cenoura, cebola, tomate e alface) e as cinco frutas (laranja, banana, mamão, maçã e melancia) com maior representatividade na comercialização nas principais Ceasas do País e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).
Segundo a estatal, no caso da folhosa, a queda foi de 13,23%, puxada pela diminuição das cotações na Ceagesp. No entanto, em algumas Ceasas analisadas as cotações subiram. "Nesta época, é comum a variação significativa de preço das folhosas, tanto em razão de chuvas nas áreas produtoras que dificultam a colheita e diminui a oferta, como também pelo excesso de calor, aumentando a demanda e pressionando os preços para cima", explicou a Conab.
Para a batata, a média ponderada do preço caiu 11,58% em janeiro. "Os valores na comercialização no atacado vêm sendo influenciados pela oferta abundante do produto."
Já os preços da cenoura e do tomate registraram alta em virtude de fatores climáticos, na média ponderada, de 47,89% e 9,55% respectivamente. Mesmo com a elevação, algumas cotações dos dois produtos estiveram inferiores aos valores de 2024.
Na Ceagesp, por exemplo, o preço da raiz em janeiro de 2025 ficou 48% inferior ao mesmo mês do ano passado. No caso do tomate, a Central de Abastecimento em Belo Horizonte (CeasaMinas) registrou redução de 28% na comparação com o mesmo período.
A Conab argumentou que a menor oferta de cenoura e de tomate nos principais mercados atacadistas influenciou esse movimento de alta nos preços no mês de janeiro. A elevação nas cotações dos dois produtos ocorreu logo após um período em que os preços registraram constantes quedas.
De acordo com a análise da Conab, nos dois casos, esse declínio verificado principalmente no 2º semestre de 2024, ocorreu logo após um período de preços bastante altos, na safra 2023/24, justamente por causa das intempéries climáticas, como chuvas intensas e constantes; assim, os altos preços estimularam a produção destes alimentos resultando em maior oferta e subsequente quedas. Nesse cenário de cotações baixas, o produtor não obteve ganhos e se desestimulou pelas culturas.
Influenciada pela menor quantidade do produto nos mercados, a cebola também registrou aumento na média ponderada de preços. "O movimento é esperado para o período, quando a distribuição da produção do bulbo passa a ter como principal ofertante a Região Sul, com destaque para Santa Catarina, o que eleva os custos com logística para os centros consumidores mais distantes", relatou.
Frutas
No caso das frutas mais comercializadas no atacado, laranja e mamão ficaram mais baratas no último mês, com queda na média ponderada de 6,31% e 3,59% respectivamente. A Conab verificou alta na oferta desses produtos, influenciando na redução registrada nas cotações.
Já para a banana e maçã, os preços ficaram praticamente estáveis, segundo a Conab. No caso da banana houve uma ligeira queda de 0,63% na média ponderada de preços em virtude do aumento da oferta, principalmente da banana nanica paulista e catarinense, aliada a uma menor demanda explicada pelas férias escolares. Já para a maçã, a Conab verificou pequena alta de 0,49% para a maçã. Os estoques da safra 2023/24 foram praticamente finalizados, com a oferta ainda baixa no mês de janeiro. A expectativa é que a safra 2024/25 da maçã gala entre no mercado a partir deste mês.
De acordo com o Boletim da Conab, a melancia teve alta nos preços. A elevação foi registrada mesmo em meio a uma demanda mais fraca no início do mês, após as Festas de fim de ano. A produção subiu nas praças baiana e gaúcha nos primeiros vinte dias do mês, vindo a cair em sequência, e os preços de venda repassados ao atacado e varejo também aumentaram, por causa da restrição de oferta.
O ano foi iniciado de forma bastante promissora para a exportação de frutas, com faturamento e volume superiores em relação aos anos anteriores e com comercialização destacada dos melões e das mini melancias potiguares. Em janeiro de 2025, o volume total enviado ao exterior foi de 111,9 mil toneladas, alta de 33,4% em relação ao mesmo mês de 2024. As vendas ao mercado externo resultaram em um faturamento de U$S 107,1 milhões (FOB), superior 12,54% em relação ao mesmo período de 2024 e de 7,72% em relação ao mesmo mês de 2023.
(Com Agência Estado)
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