O influencer digital Jefferson Ryan, de 22 anos, vulgo ‘Trem Bala’, é o alvo da Operação Unfollow, deflagrada pela Polícia Civil, nesta sexta-feira (28), em Sorriso (420 km de Cuiabá). Ele utilizava sua conta no Instagram para promover a facção criminosa Comando Vermelho.
Na ação, Jefferson foi preso em flagrante por tráfico de drogas. O influencer levava uma vida dupla, enquanto em uma conta publicava vídeos de humor, contando com mais de 11 mil seguidores, na outra, que é privada, cometia crimes como tráfico de drogas e extorsão contra comerciantes da cidade.
Jefferson e um comparsa foram presos no momento em que chegavam à residência, retornando de uma festa, possivelmente realizada com outros integrantes do CV.
Segundo a Polícia Civil, as investigações começaram depois que as autoridades tomaram conhecimento de um perfil no Instagram, em que ‘Trem Bala’ fazia publicações sobre as atividades da facção.
A polícia identificou ao menos três segmentos criminosos: tráfico de drogas, extorsão contra comerciantes e a promoção do Comando Vermelho.
Durante mandados de busca e apreensão na casa do influencer, foram apreendidas diversas porções de drogas, balança de precisão e um rádio comunicador utilizado por faccionados.
Para dificultar sua identificação, Jefferson tapava o rosto na conta ‘secreta’, já que fazia diversas publicidades para lojas do município, inclusive ele chegou a aparecer na televisão.
TRÁFICO DE DROGAS
Entre suas atividades, Jefferson atuava como promoter de uma casa noturna na cidade e também gerenciava o tráfico de drogas em Sorriso, além de vender os produtos.
As atividades ilícitas desenvolvidas pelo suspeito são divulgadas no perfil relacionado às atividades da facção, onde o investigado usa a rede social para impulsionar suas ofertas de venda de drogas ao maior número de usuários possível.
Em uma das postagens, o suspeito convida jovens para se associarem ao tráfico, tornando-se seus “representantes comerciais” de drogas ilícitas.
Reprodução
EXTORSÃO MAJORADA
As autoridades também identificaram que o criminoso utilizava seus perfis de rede social para ameaçar os comerciantes de forma velada, forçando empresários a realizar pagamentos periódicos aos criminosos, sob pena de terem seus comércios destruídos e ameaças de morte.
Reprodução
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