Tomou posse na manhã desta sexta-feira (7) o novo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Deosdete Cruz Júnior, na sede do Palácio da Justiça em Cuiabá. Eleito pelo Quinto Constitucional destinado ao Ministério Público, ele foi nomeado pelo governador Mauro Mendes (UB) em 27 de fevereiro.
A cerimônia contou com a presença dos desembargadores, deputados estaduais e federais, senadores, do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), além do próprio governador. Em seu discurso de posse, ele afirmou que suceder o desembargador aposentado Guiomar Teodoro Borges é uma honra, pois ele é uma fonte de inspiração. “Mais importante que como começamos é como encerramos, e Guiomar é uma pessoa de referência”, declarou.
O novo desembargador também alfinetou o deputado federal Emanuelzinho (MDB), que tentou barrar sua nomeação, alegando que sua candidatura feria princípios constitucionais. No entanto, o pedido de impugnação foi negado pelo conselheiro Ulisses Rabaneda, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que também esteve presente na posse.
Ele também lembrou de sua trajetória de 20 anos no Ministério Público de Mato Grosso e que, embora não tivesse intenção de entrar na Corte, foi encorajado a colocar seu nome à disposição do colegiado e para a sanção governamental.
“Não existe Estado de Direito sem Judiciário forte. E, para ter um Judiciário forte, é preciso ter magistrados independentes”, destacou ao afirmar a competência de seus pares.
Gisela Cardoso, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), destacou o perfil humilde e conciliador de Deosdete e afirmou que a “pacificação está em seu DNA”. Já o presidente do TJMT, José Zuquim Nogueira, afirmou ter “provas inquestionáveis da sua visão humanizada” para o aperfeiçoamento da Justiça. “O ingresso de um membro do Ministério Público no Tribunal de Justiça representa uma união entre as instituições”, comparou.
Por fim, o governador Mauro Mendes afirmou que, nos últimos anos, pôde conhecer Deosdete e reconhecer nele uma pessoa íntegra e proba. “Coube a mim exercer o último ato para a realização desse dia. Daqui a 30 anos, veremos encerrar uma trajetória de sucesso”, finalizou.
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