O Centro-Oeste e o Norte do país acendem o sinal de alerta para o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Segundo o boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta sexta-feira (7), oito dos 11 estados que compõem as duas regiões apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta ou risco. Mato Grosso está entre os estados em nível de alerta, com tendência de aumento de casos nas próximas semanas.
A SRAG, caracterizada por dificuldade respiratória, peso no peito e baixa saturação de oxigênio, exige hospitalização. A situação é mais crítica em Roraima, Pará, Goiás, Tocantins e Distrito Federal, classificados em nível de risco. Amazonas, Mato Grosso e Rondônia encontram-se em nível de alerta, juntamente com Sergipe, único estado fora das regiões Norte e Centro-Oeste.
O boletim da Fiocruz também aponta para o crescimento de casos de SRAG em crianças e adolescentes de até 14 anos. A volta às aulas é apontada como um dos fatores para esse aumento, já que o ambiente escolar favorece a transmissão de vírus respiratórios.
Em crianças de até dois anos, o vírus sincicial respiratório (VSR) é o principal causador, enquanto na faixa etária de dois a 14 anos, o rinovírus se destaca. Em 2025, o país já registrou 16 mil casos de SRAG, com 34,3% de resultados positivos para vírus respiratórios. O Sars-CoV-2 (covid-19) lidera a lista, seguido pelo rinovírus e VSR.
Das 1.338 mortes por SRAG, 81% foram causadas pelo Sars-CoV-2. Diante do cenário, a Fiocruz recomenda que pessoas com sintomas de gripe ou resfriado permaneçam em isolamento, usem máscaras ao sair e evitem visitar crianças pequenas sem proteção.
A vacinação completa contra a covid-19 também é fundamental, estando disponível gratuitamente em todo o país para crianças a partir de 6 meses de idade.
Com informações Agência Brasil
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