O pleno doTribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou o pedido de soltura dos empresários José Kobori e Roque Anildo. Eles são investigados na Operação Bônus, desdobramento da Operação Bereré, e estão presos desde 9 de maio no Centro de Custódia da Capital (CCC). A decisão é desta quinta-feira (26)
Na última semana, o tribunal adiou o julgamento do pedido devido à ausência do relator do processo, desembargador José Zuquim, que não compareceu à sessão por problemas pessoais.
A defesa de Kobori alegou no pedido que o empresário está detido há praticamente oitenta dias e que os fatos apresentados pela denúncia contra ele já foram alterados. Isto porque o contrato da empresa EIG mercados com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) já teria sido suspenso. Ainda, afirmou que o empresário apresentou os comprovantes de que o recurso recebido foram obtidos de maneira lícita. A defesa de Roque Anildo afirmou que ele está detido por um crime que não cometeu.
O desembargador relator alegou, no entanto, que a prisão é necessária, visto que a revogação do contrato é provisória e pode ser suspensa a qualquer momento.
“A peculiar natureza do crime, o modo que eles se desenvolvem não autorizam a revogação da prisão preventiva. Ainda se encontram presentes esses pressupostos elencados”, disse Zuquim.
Com isto, votou pela manutenção da prisão. No caso de Kobori, foi acompanhado por nove desembargadores, e no caso de Roque foi acompanhado por doze.
Os empresários são investigado pelo desvio de cerca de R$ 30 milhões no Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MT), por meio de contratos com a empresa EIG Mercados. Segundo apurou o MPE, Kobori recebeu mais de R$ 6 milhões do esquema. Os valores foram transferidos para duas empresas ligadas a Kobori, a Canal da Peça e JK Capital Consultoria e Assessoria Empresarial Ltda. Já Roque era sócio da empresa Santos Treinamento, usada para receber parte da propina.
Na ocasião, também foram detidos o deputado Mauro Savi (DEM), o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, o advogado Pedro Jorge Taques além do empresário Claudemir Pereira dos Santos. Todos continuam detidos.
Operação Bônus
A segunda fase da 'Operação Bereré' foi batizada de 'Bônus'. Foram expedidos, pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, seis mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em Cuiabá, São Paulo (SP) e Brasília (DF). As ordens partiram do desembargador José Zuquim Nogueira.
A ação é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas. Tem como objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio de recursos públicos.
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