Cerca de 45 mil pessoas protestaram pelas ruas de Cuiabá, em dois grupos distintos, segundo apurou o HiperNotícias junto ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nerci Adriano Denardi. Policiais em frente à Assembleia Legislativa guardam o patrimônio na noite dessa quinta-feira.
Durante o protesto, após uma hora e meia de caminhada, técnicos da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTU) estimaram 30 mil pessoas. Alguns se incorporaram ao longo do protesto, pois, na saída havia cerca de 6 mil pessoas. O ato foi contra políticos e a corrupção.
A quantidade recorde de pessoas na rua para protestar para atos recentes do gênero em Cuiabá pôde ser visto com a concentração da mancha humana desde o entroncamento da avenida Mato Grosso com a avenida do CPA, no centro, até à sede da Assembleia Legislativa. Um grupo que chegou lá, quebrou o vidro do legislativo e gritaram palavras de ordem "fora Silval!" e "fora Riva!".
Por uma hora e 15 minutos, na avenida do CPA se ouviu gritos de protestos, como “sou brasileiro, com muito orgulho!”, comuns em jogos. Ou a palavra símbolo de ordem que ecoa por todo o Brasil: “Um, dois, três, quatro, cinco, mil; ou pára a roubalheira ou paramos o Brasil”.
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A reportagem constatou muitas crianças acompanhadas pelos pais, jovens estudantes que iniciaram pela primeira vez mobilização popular. Adultos e idosos também foram somar-se à uma multidão nas ruas. E muitas flores brancas, como símbolo de manifestação pacífica. Um adereço principal de muitos foi a bandeira nacional.
Muitos deles não foram até o final, mas participaram de uma parte dos protestos histórico do Brasil neste 20 de junho. Cerca de 100 cidades no Brasil, capitais, cidades
médias e pequenas, tiveram protestos. No interior de Mato Grosso, as principais cidades tiveram protesto.
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Um dos milhares que foram para as ruas foi o professor Euclides de Lima, formado em História e Letras. Ele afirma que foi às ruas para incentivar novas gerações.
“É um fenômeno ver o país ir às ruas assim”, resume. “Estou na rua para incentivar os alunos e oriento sempre eles para que não se calem diante das mazelas do país”, ensina com a experiência de quem viveu a juventude na ditadura e participou de movimento estudantil.
Após concentração na frente da Prefeitura de Cuiabá, de onde saíram às 17h30, uma parte de cerca de 10 mil pessoas subiram a avenida do CPA, em direção à Assembleia Legislativa. Outro grupo, também de cerca de 10 mil manifestantes percorreram as vias centrais e retornaram ao centro.
O percurso todo demorou cerca de duas horas, quando os últimos manifestantes chegaram à Assembleia Legislativa. Lá entoaram palavras de ordem. E picharam o prédio do Instituto de Memória do Poder Legislativo com um "fora Riva". Depois, cantaram e fizeram côro com gritos de "Riva, ladrão; seu lugar é na prisão" e "Riva, vai tomar no...". Muitos sentaram na grama de modo sorridentes.
(Colaboraram PAULO COELHO, KARINE MIRANDA, TÉO MENESES)
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