Em nota, o senador informou que todas as emendas individuais indicadas por ele foram destinadas ao Tocantins, Estado pelo qual se elegeu. "A única emenda individual destinada para outro Estado, foi para o Rio Grande do Sul para atender à calamidade que assolou o Estado, no valor de R$1 milhão de reais. Os recursos destinados a outros Estados foram feitos por ocasião de ser relator setorial do orçamento, atendendo a parlamentares desses Estados."
A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu parecer favorável à instauração do inquérito. O vice-procurador-geral da República Hindemburgo Chateaubriand pediu a "autuação de petição autônoma destinada à realização de diligências preliminares".
Ao se deparar com as mensagens, o delegado Roberto Santos Costa, responsável pela Operação Emendário, defendeu uma nova investigação para "apurar detidamente os fatos".
"Pelo fato de os episódios fortuitamente encontrados não guardarem correlação com as emendas ora investigadas, a Polícia Federal entende que, salvo melhor Juízo, os fatos devem ser esclarecidos em novos Inquéritos", escreveu o delegado em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal no final de 2023.
As mensagens que implicaram o senador foram trocadas entre Carlos Lopes, secretário parlamentar do deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA), denunciado na Operação Emendário, e Lizoel Bezerra, ex-assessor do senador, em 2022. Segundo a PF, Lizoel cobra um total R$ 1,3 milhão e pede o pagamento de pelo menos R$ 150 mil.
"Me dá uma posição. Homem está na agonia. Pagar contas e viajar", escreve o ex-assessor de Eduardo Gomes. "Só de conta para amanhã tem 76 kkkk. Veja uns 150 pelo menos. Por causa da viagem."
A PF acredita que o homem "agoniado" seja o senador. Isso porque Lizoel Bezerra envia a Carlos Lopes um print de uma conversa com um contato salvo como Eduardo Gomes.
No dia seguinte, o ex-assessor do senador volta a cobrar Carlos Lopes. "Bom dia Carlos. Alguma novidade. A camionete (sic) chegou?", diz Lizoel Bezerra. O secretário responde que "não chegou nada, tanto em conta como no chão". Para a PF, a expressão "no chão" é referência ao pagamento de dinheiro em espécie.
Eduardo Gomes foi líder do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Senado. Em 2019, foi um dos relatores do Orçamento do ano seguinte.
(Com Agência Estado)
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