A ré Atyucha da Silva Rosa foi condenada a sete anos e três meses de prisão em julgamento presidido pela juíza Mônica Catarina Perri, da Primeira Vara Criminal de Cuiabá. A mulher é cúmplice no assassinato de Harysson Pablo Rodrigues de Amaral, neto do falecido juiz Leopoldino Marques do Amaral.
O conselho de sentença acolheu a tese do Ministério Público Estadual (MPE) de que a mulher ajudou o marido, Tiago Souza de Moraes, a matar a vítima. O rapaz foi julgado em 2015 e condenado a 14 anos e seis meses de prisão pelo crime. O rapaz foi morto em julho de 2015 e seu corpo foi jogado debaixo de uma ponte do Rio Cuiabá.
De acordo com a denúncia do MPE, tanto a vítima como o casal eram usuários de drogas e Harysson intermediava a venda da droga entre o fornecedor e os consumidores.
Na época do crime, Tiago devia R$ 120 para a vítima, referente a venda da droga. Como garantia do pagamento, a vítima estava com a moto do acusado. Por várias vezes Tiago tentou reaver o veículo e chegou a ameaçar Harysson e sua família.
Com o plano de matar o jovem, Tiago combinou com a vítima para que fosse até sua casa, no bairro Doutor Fábio, para receber o dinheiro. No dia do crime, o acusado telefonou para a vítima para que fosse até a residência receber o dinheiro e devolver a moto.
Quando a vítima chegou ao endereço e foi surpreendido por Tiago que o enforcou e arrastou para o quintal. O réu pediu que a esposa, Atyucha, pegasse duas facas na cozinha e o ajudasse. Ambos, então, esfaquearam a vítima até a morte. Além de golpear o rapaz, a mulher ainda tapou a boca da vítima com as mãos para que os vizinhos não ouvissem os gritos de socorro.
A fim de esconder provas do crime, o casal jogou o corpo da vítima debaixo de uma ponte ás margens do Rio Cuiabá. Após ocultar o cadáver, ambos lavaram a casa para dificultar as investigações. Porém, com a ajuda de substâncias químicas, os policiais conseguiram identificar a presença de sangue humano no imóvel.
Depois de cerca de 14 dias, o cadáver da vítima foi localizado já em avançado estado de decomposição.
Durante as investigações, o casal admitiu a autoria do crime e contou o que ocorreu no dia do assassinato.
A mulher foi submetida a júri em 2016 no qual foi condenada, porém a decisão do Conselho de Sentença foi anulada. De forma que ela foi submetida a novo julgamento.
Tiago cumpre pena na Peniteciária Central do Estado (PCE) e Atyucha está na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto. Ambos cumprem pena em regime fechado e podem recorrer da sentença de primeiro grau.
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