A defesa do ex-vereador de Cuiabá Paulo Henrique (MDB) divulgou uma nota oficial nesta quarta-feira (29) em resposta ao seu possível “sumiço” da Justiça de Mato Grosso. PH é investigado na Operação Ragnatela como o líder no esquema de lavagem de dinheiro para o Comando Vermelho (CV) por meio de shows em casas noturnas da capital.
No comunicado, a defesa reforça que o ex-parlamentar sempre esteve à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos e que, portanto, nunca esteve desaparecido. No final de 2024, o ex-vereador havia comunicado à Justiça que se ausentaria de Cuiabá entre os dias 19 de dezembro de 2024 e 20 de janeiro de 2025. Nesse período, ele passaria, por motivos pessoais e profissionais, pelos estados de Mato Grosso, Goiás e São Paulo.
Segundo o advogado Ricardo S. Spinelli, Paulo Henrique já havia cooperado com as investigações desde a primeira fase da operação, postura mantida também na segunda fase, a Operação Pubblicare, quando foi preso preventivamente em 20 de setembro de 2024. A nota destaca que o ex-vereador foi regularmente intimado em seu endereço conhecido e compareceu a todos os atos processuais, refutando as acusações como improcedentes.
Além disso, a defesa afirma que as autoridades sempre tiveram conhecimento do endereço de Paulo Henrique desde o início da Operação Ragnatela e que ele aguarda a citação formal para apresentar sua defesa no processo.
OPERAÇÃO RAGNATELA
De acordo com as investigações, Paulo Henrique teria utilizado sua influência política para favorecer a facção criminosa, flexibilizando fiscalizações e protegendo aliados. A operação resultou em mandados de prisão, busca e apreensão, além do bloqueio de bens.
Documentos encontrados em sua residência indicavam sua participação no esquema, incluindo transações suspeitas e ocultação de patrimônio. Após ser preso, foi solto ainda em setembro com tornozeleira eletrônica, retomou sua campanha, mas não conseguiu a reeleição. Seu mandato terminou em 31 de dezembro de 2024.
O Ministério Público denunciou Paulo Henrique por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa. A Câmara instaurou processo de cassação, mas não levou a votação ao plenário.
LEIA A NOTA OFICIAL
A defesa técnica do ex-vereador Paulo Henrique de Figueiredo vem, em razão de recentes matérias veiculadas na imprensa, esclarecer que:
1 – O ex-vereador Paulo Henrique já havia se colocado à disposição das autoridades para os esclarecimentos necessários desde a deflagração da 1ª fase da “Operação Ragnatela”, como também o fez na 2ª fase da operação;
2 – Tanto que sempre foi intimado no seu endereço, compareceu aos atos do processo, esclareceu os fatos e repeliu como manifesta improcedência as imputações;
3 – O endereço do ex-vereador Paulo Henrique é de inteiro conhecimento das autoridades desde a gênese da operação, de modo que sempre foi devidamente intimado;
4 – Mais uma vez, reforça a regularidade de sua postura processual, estando à inteira disposição do Poder Judiciário, aguardando a citação formal em endereço já conhecido, a fim de apresentar a defesa no processo.
Ricardo S. Spinelli
Advogado
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