A juíza Célia Regina Vidotti, da Vara de Ações Coletivas, condenou os ex-deputados estaduais Humberto Bosaipo e o ex-diretor financeiro da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Guilherme Garcia, a ressarcirem o erário em R$ 615.430,00 por emissão de cheques para uma empresa inexistente, a Comilão Marmitaria. Este processo é derivado da Operação Arca de Noé.
O ex-deputado José Geraldo Riva também foi implicado no caso, mas firmou acordo de colaboração premiada. Para lavar o dinheiro, os acusados usavam uma factoring do ex-bicheiro João Arcanjo.
Em fevereiro de 2025, Vidotti manteve a condenação de Bosaipo e Garcia em outra ação derivada da Operação Arca de Noé. Eles foram obrigados a devolver R$ 1.864.474,71 por pagamentos a uma papelaria inexistente.
De acordo com a sentença, desta segunda-feira (10), os pagamentos foram realizados entre 1999 e 2002, sem qualquer prestação de serviço ou entrega de produtos. A investigação apontou que a empresa era fictícia e foi utilizada com o único objetivo de desviar recursos públicos.
Na decisão, a juíza destacou que eles autorizaram e assinaram cheques, cientes da inexistência da empresa e da falta de comprovação de qualquer serviço prestado. Guilherme Garcia, responsável pelo setor de finanças, assinou cheques que somam R$ 183.130,00, enquanto Riva e Bosaipo autorizaram pagamentos de toda a quantia desviada.
A condenação também levou em consideração a delação premiada de Riva, homologada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que revelou o esquema de uso de empresas fictícias para desviar recursos e viabilizar o pagamento de propina a parlamentares.
Durante o processo, a defesa de Guilherme Garcia tentou obter acesso integral à colaboração de Riva, mas o pedido foi negado, sob a justificativa de que os anexos apresentados já continham as informações relevantes ao caso.
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