Representantes dos shoppings de Cuiabá estão atentos aos "rolezinhos" que vêm sendo marcados na redes sociais. No próximo dia 31, quando está previsto para acontecer um evento do tipo, no Shopping Goiabeiras, um plano de ação já foi elaborado. A ordem dos seguranças do shopping é não impedir a entrada dos jovens, mas observar pontos de aglomeração de pessoas e, ao primeiro sinal de tumulto, acionar a Polícia Militar, que promete disponibilizar 100 homens para coibir atos violentos e crimes.
“Em datas especiais, reforçamos nosso efetivo, e consideramos esse um dia especial. Se tiver problema, a PM entrará em ação, não o nosso pessoal, que está aqui para assegurar a tranquilidade dos comerciantes e cidadãos”, pontuou Arnaldo F. Santos Filho, representante do Goiabeiras. “Se acontecer o rolezinho, a PM dará cobertura”.
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O trabalho da Polícia militar tem sido no sentido de prevenir. Na semana passada, por exemplo, conseguiu dissipar um encontro, combinado pelas redes sociais, com cerca de 700 integrantes que iriam para o Shopping Goiabeiras. Segundo informações, mudaram de ideia durante a semana, com a intenção de irem para o Pantanal Shopping. “Só o fato de a PM estar por perto inibe a ação”, disse o tenente-coronel Helder Taborelli, sub-comandante da Regional 1, de Cuiabá.
O mais recente encontro, se que é pode ser considerado rolezinho, foi impedido no último final de semana. Cerca de 150 jovens programaram uma festa em uma associação nas proximidades do Pantanal Shopping. Segundo a PM, não se tratava de uma "festa", mas de um encontro que terminaria no shopping.
Nesse caso específico, o MP também interferiu, acabando com a festa, que acontecia sem autorização ou alvará.
Esse trabalho preventivo, que está sob responsabilidade da PM, foi apresentado durante uma reunião na Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL). Consiste no monitoramento das redes sociais para se antecipar ao ato. Mas a PM só adentra para coibir se for acionada.
Além dos representantes dos três shoppings da Capital, participaram representantes da Fecomércio e da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL).
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DIREITO
O tumulto envolvendo 40 jovens no Pantanal Shopping em 28 de dezembro é considerado, pelos representantes, um caso isolado. Diferentemente do que aconteceu em São Paulo e Rio de Janeiro (lá os jovens organizam o "rolê" com uma finalidade, no caso de São Paulo, o protesto era contra o fechamento de uma boate de funk), aqui foi marcada uma briga entre grupos rivais. “Assustados por não saber o que estava acontecendo, os comerciantes fecharam as lojas, que foram reabertas em seguida”, disse o superintendente do Pantanal Shopping, Fernando Marchesi.
Para o setor jurídico do Pantanal Shopping, o assunto “rolezinho” preocupa, mesmo não havendo nada de fato concreto. ”O movimento não aconteceu em Cuiabá como em São Paulo e Rio de Janeiro. A confusão serviu de base para buscar a prevenção, por isso acionamos o Judiciário. O problema não é o rolezinho, mas os aproveitadores que se infiltram no meio do grupo”, explicou Hamilton Ferreira.
João Gonçalves da Silva, superintendente do Shopping Três Américas, também defende que o problema é com algumas pessoas, que mal intencionadas, causam estrago.
Mas, assim como a administração do Goiabeiras, a do Três Américas não tomará nenhuma atitude no sentido de impedir que os jovens entrem.
Já a direção do Shopping Pantanal entrou com interdito proibitório, que na primeira instância foi negado. E, em segunda, foi deferido pela desembargadora Clarice Claudino da Silva, que concedeu liminar ao Shopping Pantanal afim de evitar o “rolezinho” nas dependências do estabelecimento comercial.
Depois do incidente no Pantanal Shopping, uma viatura da PM faz ronda no estacionamento e outra no lado de fora do estabelecimento.
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