Fusão do PPS com PMN pode gerar reflexos no PSDB, DEM e PSD

A convenção dos dois partidos PPS e PMN na quarta-feira (17) em Brasília, já está chamando atenção até de filiados do PSDB, afirma Antônio Máximo, secretário-geral do PPS

ALIANA CAMARGO

A mobilização nacional para reunir em um único partido o PPS e o PMN, previsto para esta quarta-feira em Brasília, vai gerar reflexos em outra siglas. É o que estima o secretário-geral do Partido Popular Socialista (PPS) e secretário de Meio Ambiente e Assuntos Fundiários de Cuiabá, Antônio Carlos Maximo ao HiperNotícias.

“Deve ter certo reflexo. Por exemplo, tem gente do PSDB que estão interessadas na nova formação”, afirma Máximo sem citar nomes. Em Brasília, a reunião entre os dois partidos será para efetivar juridicamente a costura política que é buscada há anos.

A fusão cria a chamada "janela" para que políticos possam mudar de partido, o que deve gerar migração entre siglas.

O PPS em Mato Grosso tem 20 mil filiados, e segundo Antônio Maximo, tem buscado alianças não só com o PMN, mas com outras siglas como a Rede Sustentabilidade, da ex-ministra e ex-senador Marina Silva.

Marcos Lopes/HiperNotícias

Secretário-geral do PPS no Estado de Mato Grosso cita que há alguns descontentes em outras siglas que podem somar ao grupo

A nova sigla, que deverá se chamar Mobilização Democrática, será discutida em convenção dos dois partidos na quarta-feira (17) e promete enfraquecer outros partidos, como é o caso do Partido Social Democrático (PSD) presidido por Gilberto Kassab e do DEM.

Segundo a Folha de S. Paulo apurou os dois partidos estão ameaçados de perderem deputados para a nova sigla por conta da insatisfação de seus filiados.

HISTÓRICO

Em Mato Grosso, o PSD está na presidência da Assembleia Legislativa com o deputado José Riva. E ironicamente o Partido da Mobilização Nacional (PMN) foi o primeiro partido que levou Riva ao cargo de deputado estadual na Assembleia Legislativa de Mato Grosso em 1994, com cerca de 8 mil votos, de onde nunca saiu da Mesa Diretora.

De acordo com Maximo, a nova sigla é uma alternativa interessante para acomodar pessoas que estão desconfortáveis, leia-se, as que não têm espaço em seus partidos. A aprovação por parte do diretório do PPS na fusão com o PMN ocorreu no sábado (13).

Analistas políticos da Folha atribuem a fusão à busca desesperada por aumentar o tempo de televisão e os recursos financeiros que a posição terá na campanha presidencial para o ano de 2014.

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