A defesa de Blairo Maggi protocolou, nesta quinta-feira (13), no Supremo Tribunal Federal (STF) a perícia complementar do Instituto Brasileiro de Peritos atestando, tecnicamente, que o ministro não apagou mensagens de seu celular.
O documento, assinado por quatro, peritos mostra que Blairo Maggi não tinha instalado em seus dispositivos a ferramenta conhecida como “WhatsApp Web Desktop”, única forma de apagar mensagens remotamente. Ou seja, as mensagens foram apagadas depois da apreensão do aparelho, já em posse da Polícia Federal.
Segundo o advogado Fábio Galindo, o fato é gravíssimo e merece imediata apuração pois o caso revela que há a possibilidade de erro de procedimentos ou a prova forjada.
“Acredito que a Procuradoria-Geral da República, sempre firme no cumprimento de seu dever, vai instaurar a competente investigação e apurar a autoria e circunstâncias desse gravíssimo fato. Um fato dessa natureza inegavelmente coloca em xeque a investigação, sendo fundamental que se esclareça rapidamente o ocorrido”, afirma o jurista.
Em nota, a assessoria de Maggi afirmou que desde o princípio o ministro rechaçou veementemente a acusação, tendo disponibilizado seu aparelho e todas as senhas às autoridades competentes. “A Perícia mostra o que sempre declarei. Agora espero que a Justiça tome as devidas providências, apure e responsabilize a quem for pela falsa acusação que me foi imputada”, disse o ministro Blairo Maggi.
Os celulares do ministro e da esposa foram apreendidos em setembro passado, durante a Operação Malebolge, originária da delação do ex-governador Silval Barbosa (sem partido) e sua família.
Maggi foi denunciado como um dos líderes do esquema criminoso que promovia desvios de recursos no Estado, durante a gestão estadual. Organização esta que foi continuada por Silval nos anos em que esteve no Palácio Paiaguás.
A Operação Malebolge, foi deflagrada no dia 14 de setembro de 2017, oportunidade em que a Polícia Federal cumpriu mandados contra cinco conselheiros, deputados e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). Silval acusou os conselheiros de terem cobrado R$ 53 milhões em troca de aprovar as contas do Governo.
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