Os deputados estaduais, Zé Domingos Fraga (PSD) e Silvano Amaral (PMDB), teriam extorquido o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), ainda em 2015, para aprovarem as contas do seu último ano de governo a frente do Palácio Paiaguás.
Pelo menos é o que diz Silval em sua delação premiada, firmada junto a Procuradoria Geral da República (PGR), e homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.
Segundo o ex-chefe do Palácio Paiaguás, os dois chegaram a visitá-lo no Centro de Custódia da Capital (CCC), no final de 2015, prometendo ajudá-lo nos processos judiciais que estava respondendo por conta da Operação Sodoma da Delegacia Fazendária (Defaz) e que o prendeu no dia 17 de setembro daquele ano.
"Que os deputados (José Domingos Fraga e Silvano Amaral) além de não terem auxiliado, ainda por cima extorquiram o declarante na aprovação das contas de governo referente ao ano de 2014", diz trecho do documento que se encontra em segredo de Justiça.
A aprovação das contas do último ano de governo de Silval ocorreu no dia 19 de dezembro de 2015. A sessão foi polêmica e gerou muito bate-boca entre os parlamentares.
No final, as contas, que já tinham recebido parecer favorável do Tribunal de Contas do Estado (TCE), foram aprovadas por 10 votos a sete.
Os deputados que votaram pela reprovação das contas foram: Wilson Santos (PSDB), Zé do Pátio (Solidariedade), Pery Taborelli (suplente), Zeca Viana (PDT), Leonardo Albuquerque (PSD), Oscar Bezerra (PSB) e Eduardo Botelho (PSB)
Silval Barbosa (PMDB) foi posto em liberdade no dia 13 de junho deste ano, após firmar acordo de delação premiada com a PGR e ficar detido por 21 meses no Centro de Custódia de Cuiabá.
A delação do ex-governador de Mato Grosso foi considerada 'monstruosa' pelo ministro Fux. Deputados estaduais, federais, senadores, ministro e até o governador Pedro Taques (PSDB) foram citados na delação.
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