O presidente eleito da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), disse que é contrário ao projeto de lei que tenta obrigar a instalação de câmeras nas fardas de policiais militares e civis. Alinhado com o governador Mauro Mendes (União Brasil), Max, que assume o comando da Casa de Leis a partir de 3 de fevereiro, afirmou que se depender dele e da base do Executivo essa pauta não será colocada para discussão.
"É algo que te que ser bem analisado, bem definido, não tem essa discussão dentro do Parlamento, mas a princípio eu sou contrário", falou Max Russi à imprensa nesta quarta-feira (22).
O uso de câmera nas fardas incendiou a AL na última legislatura. Os deputados da oposição pressionaram pela votação que acabou travada na Comissão de Segurança, presidida por Elizeu Nascimento (PL), sargento da Polícia Militar. Mendes é um defensor ferrenho da autonomia dos servidores das forças de segurança e seu discurso é replicado pelos parlamentares que o apoiam, maioria na Assembleia. A fala de Max Russi só reforça que para colocar a pauta na ordem do dia, a oposição terá que transpor uma verdadeira "muralha" no Legislativo.
"Essa é uma decisão do governo. O governo já sinalizou que não tem interesse de fazer isso e a Assembleia não vai, a não ser alguns deputados de forma pontual que defendem essa pauta. A Assembleia não deve interferir nessa pauta até porque tem que ser uma decisão do poder Executivo", reiterou Max Russi.
Na última semana, o assunto rendeu uma rusga entre Mauro e o procurador de Justiça Domingos Sávio. A assessoria do Palácio Paiaguás precisou interferir para amenizar o conflito. O procurador acredita que o equipamento pode servir para “proteger o bom policial”. Enquanto Mauro não aprova. Para o governador, as câmeras são um forma de afrontar os policiais, invertendo os pápeis, monitorando os servidores que arriscam a vida para capturar quem de fato comete crimes.
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