Em entrevista concedida à Rádio Capital na manhã desta sexta-feira (23), o ex-governador Júlio Campos (DEM) afirmou que se porventura o partido não lançar candidatura própria ao Palácio Paiaguás, é muito mais provável que a sigla escolha uma aliança com o pré-candidato Wellington Fagundes (PR) do que a reaproximação do tucano Pedro Taques. Conforme o democrata, a legenda anunciou independência ao governo no momento em que entregou a liderança na Assembleia, único cargo com "expressãozinha" desempenhado pelo partido, segundo análise do ex-governador.
Alan Cosme/HiperNoticias
Afirmação do ex-governador aconteceu nesta sexta, à Rádio Capital
"Se houver essa possibilidade, espero que não haja, porque Mauro Mendes é forte, Jayme Campos também é forte, somos simpáticos a uma coligação com Wellington Fagundes. O Pedro [Taques] tem mais restrição no DEM hoje que o Wellington Fagundes", ponderou.
Para Júlio Campos, Taques precisa agir com rapidez para não terminar o mandato isolado. "Ele está tendo dificuldades dentro do próprio PSDB, não se iluda não. A dificuldade para se relacionar com o próprio partido é grande. Tem dificuldade no quadro interno porque até hoje o governo dele não é do PSDB", analisou.
O democrata afirmou que Taques tem uma dificuldade de escutar, o que atrapalha a gestão, mas ainda há tempo de contornar a situação. "Não dá de entender, ele não escuta. Leva tudo na barriga, mas governo é governo. Ainda tem tempo de tentar reestruturar daqui para frente e tentar disputar a reeleição. Pelo menos 25% dos votos qualquer governo tem".
Tática terrorista
Segundo Júlio Campos, o grupo ligado ao governador Pedro Taques estaria usando uma "tática terrorista", que seria a ameaça de possíveis adversários com supostos dossiês. "Mandaram recado para mim, para o Wellington [Fagundes] e Mauro Mendes que tem dossiês. Este tipo de política está superado. Com mídia social, com a modernidade da imprensa, ameaça não funciona. Precisa conquistar".
De acordo com o democrata, a informação teria partido de "deputados fanáticos", que dizem que Taques tem dossiês e vai utilizá-los. "Pra cima de mim ele não vem", disse.
Projeto
Júlio afirmou que mantém o projeto de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, por acreditar que o Legislativo carece de renovação de ideias. "Eu poderia ser útil na Assembleia, melhorando o nível da Casa. Agora se o partido disser que não dá, não tem problema nenhum. Vou ajudar a ganhar eleição como pregador de cartaz, porque sou homem de partido".
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joao 23/03/2018
Parabéns Júlio Campos, você falou a verdade que a população gostaria de ter ouvido deste ano passado. Taques não vai a lugar algum na sua reeleição. Com a saída de Fávaro, Neurilan e Tampinha da base de Taques, Taques perde no mínimo 300.000 votos, depois vem os servidores mais 300.000 votos, Taques vai ter votos aonde? Só aí Taques perde 400.000 votos. Tchau Taques.
Ricardo Ramos 23/03/2018
Essa colocação do senhor Júlio mostra o nível dos nossos políticos, que estão mais preocupados que as suas considerações sejam atendidas do que ficar ao lado que um governante que não rouba. Prefere o Fagundes, como preferiria ficar ao lado do Silval deste que este atendesse os seus preitos. Pobre estado, pobre país, daí este roubalheira toda em todos os níveis e, nós eleitores, nem sabemos votar.
2 comentários