A Polícia Civil de Mato Grosso divulgou informações preliminares sobre a investigação do feminicídio de Rute Cardoso Pereira, de 28 anos, cujo corpo foi encontrado nesta segunda-feira (21) às margens do Rio Sararé, em Pontes e Lacerda (a 445 km de Cuiabá). As primeiras informações apontam para o companheiro de Rute como o principal suspeito do feminicídio. A polícia apura a informação de que ele teria sido linchado e morto por outros garimpeiros após o crime, e que seu corpo estaria enterrado em uma área desconhecida dentro do garimpo.
Segundo o delegado João Paulo Berté, responsável pela investigação, a perícia revelou que Rute, que trabalhava como cozinheira em um garimpo na região, foi morta por disparos de arma de fogo calibre 12. Inicialmente, havia a suspeita de um corte no corpo, mas a polícia esclareceu que o ferimento foi causado por um dos tiros, que atravessou o peito da vítima . A quantidade exata de disparos ainda está sendo apurada.
O corpo de Rute foi encontrado abandonado próximo à ponte do Rio Sararé. O delegado Berté destacou um padrão preocupante, pois muitos homicídios ocorrem na área do garimpo, mas os corpos são removidos para outros locais. O objetivo, segundo a polícia, é dificultar as investigações e evitar a presença policial no garimpo, o que poderia prejudicar a atividade garimpeira ilegal.
"Essas mortes no garimpo, a grande maioria, são assim: os homicídios acontecem dentro do garimpo, mas os corpos são retirados de lá e jogados nas margens das vias de acesso do garimpo, ou no rio, para que a Polícia não vá até lá e trave a atividade ilegal de garimpo. Aí prejudica a perícia de local de crime, dificilmente são encontradas testemunhas e, na maioria das vezes, não tem suspeito. Fora os vários homicídios que acontecem lá dentro, em que os corpos são enterrados lá mesmo, e sequer a localização dos corpos é possível", explicou o delegado.
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O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que busca esclarecer todos os detalhes do crime e a dinâmica da violência na região do garimpo.
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