O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) identificou, no bojo da Operação Acqua Ilícita, que membros da facção criminosa Comando Vermelho que participavam de um esquema de extorsão a comerciantes enviavam parte dos valores arrecadados ao Rio de Janeiro.
Em coletiva de imprensa, realizada na quinta-feira (20), os responsáveis pela operação explicaram que os relatórios de inteligência financeira identificaram movimentações bancárias expressivas para pessoas, oriundas do Rio de Janeiro, que não tem ocupação lícita registrada. O montante chega a R$ 15 milhões.
Isso porque, os valores estão sendo utilizados para ‘custear’ a estadia de lideranças da facção criminosa em favelas da Capital fluminense.
Conforme explicou o coordenador do Gaeco, depois que os faccionados cumprem parte da pena e recebem o benefício do regime semiaberto, eles rompem a tornozeleira eletrônica e partem para o Rio de Janeiro, onde ficam escondidos das forças de segurança.
“As favelas estão sendo utilizadas como abrigo a lideranças do Comando Vermelho de Mato Grosso e outros estados’, disse Adriano. Inclusive, um dos alvos da ação do Gaeco, o pastor Ulisses Batista, que também estava na mira da Operação Falso Profeta da Polícia Civil, deflagrada na quinta-feira (20), está escondido no Rio de Janeiro e não teve o mandado de prisão preventiva cumprido. Ele é apontado como um dos líderes do esquema de extorsão de comerciantes de Cuiabá e Várzea Grande.
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ACQUA ILÍCITA
O esquema de extorsão funcionava da seguinte maneira: Membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV) cobravam R$ 1 por galão de distribuidoras dos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop ou então obrigavam os comerciantes a comprarem água apenas de lojas autorizadas pelo grupo criminoso. Caso se recusassem, sofriam ameaças de represálias.
Foram expedidos 55 mandados de busca e apreensão domiciliar, 12 mandados de prisão preventiva, e ordens para sequestro de 33 veículos automotores e bloqueio de 42 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas. As ordens judiciais estão sendo cumpridas nos quatro municípios.
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