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Polícia Quinta-feira, 25 de Abril de 2024, 16:55 - A | A

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Quinta-feira, 25 de Abril de 2024, 16h:55 - A | A

CASO VICENTE CAMARGO

Delegado aguarda laudo para determinar se bebê foi vítima de homicídio ou morte acidental

No entanto, a autoridade policial aguarda o resultado do exame de necropsia para delimitar a linha de investigação, ou seja, se o caso será tratado como homicídio ou morte acidental. A previsão é de que o laudo fique pronto até a próxima segunda-feira

SABRINA VENTRESQUI
Da Redação

O delegado Marlon Luz, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga as circunstâncias da morte do bebê de cinco meses Vicente Camargo que ocorreu na creche Espaço Criança Feliz, em Várzea Grande, confirmou que a principal linha de investigação é de que o pequeno tenha morrido no berçário. No entanto, a autoridade policial aguarda o resultado do exame de necropsia para delimitar se o caso será tratado como homicídio ou morte acidental. A previsão é de que o laudo fique pronto até a próxima segunda-feira (29).

“A morte, em si, a gente trabalha com a possibilidade de ter acontecido dentro da creche. A partir do momento que a gente souber a causa dessa morte, estabelecemos a linha de investigação. Mas, a linha preliminar é de que a morte do Vicente tenha ocorrido dentro da creche”, explicou o delegado ao HNT.

LEIA MAIS: Creche onde bebê de cinco meses morreu estava irregular, diz Conselho Municipal de Educação

A autoridade policial destacou a importância da necropsia. Segundo Luz, o exame é capaz de identificar quaisquer ferimentos sofridos por Vicente e apontar a data em que ocorreram. Dessa forma, é possível indicar se a morte foi acidental ou não.

“O exame vai trazer o que provocou a morte do Vicente. O laudo traz onde o Vicente foi atingido, se foi uma lesão na cabeça, quando ocorreu, se foi uma asfixia pelo leite, vai constatar isso ou não. Então, são informações que a gente necessita para criar um nexo, uma relação dessa morte com algum comportamento de algum funcionário da creche para conseguir atribuir, minimamente, a possibilidade daquela morte ter sido provocada por algum funcionário da creche", detalhou.

"Esse laudo de necropsia traz não só a causa da morte, mas essas contextualizações médico-legais. Quando o médico afirma a causa da morte, eu posso dizer se isso tem possibilidade de ter sido praticado por aquelas pessoas ou se a causa da morte não tem possibilidade nenhuma de ser decorrente de um crime. Então eu preciso desse laudo por essas respostas para a partir daí dizer se a morte do Vicente foi provocada por um crime ou se foi acidental”, completou.

O delegado afirma que devido à repercussão e delicadeza do caso, é preciso ser cautela para não cometer nenhuma injustiça.

“A investigação vai cuidar com cautela, vai entender, analisar o comportamento de cada um para não causar nenhum tipo de injustiça. A gente trabalha buscando esclarecer o fato e não atribuir uma potencial autoria a alguém de maneira deliberada”, disse.

DEPOIMENTOS E PERÍCIA

Conforme o delegado, todos os envolvidos já prestaram depoimento. Contudo, os funcionários da creche não apresentaram nenhuma informação que comprove ou não, que o menino sofreu uma queda ou se engasgou com leite.

“Neste momento não sabemos a causa da morte, mas as pessoas que foram ouvidas da creche apontaram que viram o bebê passando mal e que em razão disso prestaram socorro a ele, levando ao hospital e o bebê morreu. Elas não confirmaram nenhuma queda ou apresentaram algum fato de que ele tenha engasgado com o leite, só notaram o bebe passando mal, com o corpo ‘molinho’, palavras deles. Em razão disso, tentaram prestar o devido socorro mas Vicente acabou morrendo”, narrou Marlon Luz.

Na tarde de terça-feira (23), o Espaço Criança Feliz passou por perícia. A equipe da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi até o local para analisar as questões de salubridade e para constatar as informações repassadas pela família de Vicente e funcionários da creche em depoimento.

“A perícia é feita para constatar algumas informações que foram passadas tanto pela mãe do bebê quanto pelas servidores e proprietárias da creche. Precisamos constatar a existência das coisas que elas disseram que existiam, se tinham condições de acolher os bebês, então a perícia foi para constatar algumas informações que temos no âmbito no inquérito”, esclareceu.

Segundo o Conselho Municipal de Educação (CME) de Várzea Grande, a creche estava irregular e não tinha autorização para funcionar. Dessa forma, a Polícia Civil já solicitou as informações sobre o alvará de funcionamento do local para os órgãos competentes e apurará a situação.

“Sobre a autorização de funcionamento não temos de maneira formal no inquérito, mas solicitamos ao órgãos que fazem essa fiscalização e que são competentes para emitir esse tipo de documento. Com a resposta deles, vamos saber se a creche estava apta ou não para exercer a atividade que exercia”, concluiu.

LEIA MAIS: Família de bebê morto em berçário de Várzea Grande pede por justiça

ENTENDA O CASO

O pequeno Vicente Camargo morreu enquanto estava no berçário Espaço Criança Feliz, localizado no bairro Marajoara I, em Várzea Grande, na quarta-feira (17).

Segundo informações apuradas pela reportagem, o bebê estava no berçário e foi alimentado pelos cuidadores, que colocaram o menino para dormir no berço. Momentos depois, eles foram ver como Vicente estava, mas disseram que o menino já estava roxo. Desesperados, os cuidadores tentaram reanimá-lo, mas não conseguiram.

Em seguida, levaram o bebê para o Hospital Santa Rita, em Várzea Grande, mas ele já estava morto quando deu entrada na unidade de saúde. À polícia, os trabalhadores afirmaram que acreditam que a vítima tenha se engasgado com o leite.

Já o atestado de óbito emitido pelo IML contraria a versão apresentada pelos cuidadores, afirmando que a morte de Vicente foi causada por traumatismo craniano produzido por instrumento contundente.

Familiares do pequeno Vicente Camargo clamam por justiça ao pedirem que os donos da unidade sejam punidos pelo acontecido. "É uma revolta e indignação muito grande. Eles não têm estrutura, nem uma câmera para filmar o que aconteceu. Disseram para nós que ele mamou e a criança engasgou. Mas, já constataram que derrubaram, deu traumatismo craniano. Mataram a criança", disse Guilherme Aparecido, tio de Vicente, em entrevista à TV Centro América, nesta quinta-feira. 

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