Além de apontar um suposto envolvimento com o crime organizado como justificativa para executar o jovem Claudemir Sá Ribeiro, de 26 anos, com tiros à queima-roupa, o delegado Ronaldo Binoti Filho explicou que toda a confusão começou por ciúmes de mulheres que estavam sentadas na mesa do suspeito, o subtenente aposentado da Polícia Militar, Elias Ribeiro da Silva, de 54 anos e que posteriormente interagiram com a vítima e seus amigos.
De acordo com o delegado, o caso foi registrado no ‘Bar do Seninha’ em Colniza (1.065 km de Cuiabá), na noite de domingo. À ocasião, Elias estava no estabelecimento comercial ingerindo bebidas alcoólicas na companhia dessas mulheres. Em determinado momento, elas saíram e sentaram na mesa onde Claudemir, o irmão e um amigo estavam.
Revoltado e com ciúmes, o PM aposentado chegou a reclamar para os garçons de que tinha ‘perdido’ para integrantes de uma facção criminosa, se referindo Claudemir, o irmão e o amigo.
Ele também ameaçou matar todos os envolvidos com facções criminosas. Na sequência, foi na mesa em que a vítima e os demais estavam para tirar satisfação.
Em imagens gravadas por câmeras de monitoramento, é possível ver que os três rapazes estão tranquilos e não houve qualquer ameaça à integridade física de Elias.
Mesmo assim, ele saca a arma e atira contra Claudemir. O rapaz não resistiu aos ferimentos e teve a morte constatada no estabelecimento comercial.
Após a execução, Elias continuou proferindo ameaças contra faccionados e depois fugiu em uma motocicleta vermelha. Ele foi encontrado na própria casa, onde recebeu voz de prisão por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que impediu a defesa da vítima.
O delegado ressaltou que não encontrou nenhum indício de que Claudemir, o irmão e o amigo pertenciam a alguma facção criminosa. Ronaldo Binoti Filho representou pela prisão preventiva do suspeito, que está à disposição da Justiça, aguardando audiência de custódia.
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