O perfil de pessoas desaparecidas em Cuiabá e Várzea Grande é composto por adolescentes, do sexo feminino, entre 14 e 17 anos. O motivo principal para os casos são aventuras amorosas e problemas familiares, conforme levantamento da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
A delegada responsável pelo departamento dos desaparecidos, Silvia Virgínia, conta que mais de 90% dos casos de desaparecimento na Capital e Várzea Grande, de 2017, foram solucionados. No ano passado foram registrados na delegacia 853 casos de pessoas desaparecidas, nas duas cidades. Destes, 785 foram localizados com ajuda das redes sociais, informações anônimas e reportagens na imprensa que auxiliaram a investigação policial.
Em janeiro foram registrados 84 desaparecimentos e 91 pessoas localizadas. 71 que tinham sumido no início do ano e 20 que estavam desaparecidas desde o ano passado. Em fevereiro houve 75 desaparecimentos e 71 pessoas localizadas.
Além das jovens que fogem com os namorados, há grande número de idosos que saem de casa e não conseguem voltar e também pessoas que somem por causa de problemas na família.
“As adolescentes correspondem ao grande número de desaparecidos, mas tem esses outros registros também. É importante ressaltar que é mito a informação de que é preciso esperar 24 horas para comunicar a polícia. Quanto antes registrar o sumiço, maior a chance de encontrar a pessoa”, afirma a delegada.
Assim que perceber a falta da pessoa, o amigo ou parente deve ligar para o contato do desaparecido, para a família e amigos. Caso não o encontre, a delegada orienta que seja procurado em hospitais e Instituto Médico Legal (IML). “A pessoa pode ter sofrido um acidente, ficado sem celular ou algo assim. O primeiro passo é buscar nesses locais e então, se não achar, comunicar a polícia”, esclarece.
Ao procurar a polícia a pessoa deve fornecer o maior número de informações sobre o desaparecido e telefones para contato. Também é recomendado espalhar cartazes e fotos nas redes sociais. “Muitas vezes a pessoa vê sua foto circulando nas redes sociais e acaba voltando para casa por conta própria”, declara.
É comum casos em que o menor sai de casa, sem avisar, para se esconder na casa de um colega. Desesperados, os pais registram a ocorrência do desaparecimento. “Os pais têm que estar muito atentos aos filhos, saber com quem andam. E também é importante ressaltar que pessoas que oferecem abrigo para menores sem a autorização dos pais ou responsáveis também podem ser penalizados”, pondera a delegada.
Informações sobre desaparecidos podem ser comunicadas pelos telefones (65) 9 9982 7766 e 3901 4823. As ligações podem ser feitas anonimamente e o sigilo da informação é garantido. Os casos de desaparecimento e pessoas localizadas podem ser acompanhados pela fan page Desaparecidos - Polícia Civil Mato Grosso.
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