No entanto, o diretor destacou um risco significativo: a proliferação de armas nucleares. Apesar das dúvidas sobre esse perigo, Grossi afirmou que, "ninguém pode começar a operar um reator ou planta nuclear sem ter os inspetores da AIEA verificando". Para o diretor da AIEA, essa estrutura de fiscalização é essencial para garantir a integridade do regime de não proliferação nuclear.
Ele também abordou a crescente atração por armas nucleares, observando que países que até então estavam em total conformidade com as obrigações de não proliferação, agora estão, abertamente, debatendo a possibilidade de desenvolver armas nucleares. "Os países que já têm armas nucleares não estão pensando em diminuir seus arsenais nucleares, estão pensando em aumentá-los, modernizá-los, estabelecê-los como algo permanente. 'Então, por que não nós?'", disse Grossi, refletindo sobre o questionamento de nações que ainda não possuem esse poderio.
Em relação ao regime de não proliferação, o diretor da AIEA alertou: "se não cuidarmos dele, ele deixará de nos servir", afirmou, destacando os riscos à segurança global, especialmente em tempos de crescente tensão geopolítica, como no caso da guerra na Ucrânia.
À Reuters, Grossi disse que o tempo está se esgotando para garantir um acordo que limite o programa nuclear do Irã, enquanto o país acelera o enriquecimento de urânio para níveis próximos aos necessários para a fabricação de armas. "Eu acho que estamos ficando sem tempo, mas isso não significa que não possamos fazer isso rapidamente."
(Com Agência Estado)
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