Cleovimar Veloso, pai do aluno do curso Corpo de Bombeiros Lucas Veloso, revelou, nesta quarta-feira (19), durante a audiência de instrução com os réus apontados como responsáveis pela morte de seu filho, que está com câncer e que não irá acompanhar, de forma presencial em Cuiabá, as próximas fases do processo.
“Eu quero o que a justiça decidir, nada mais do que isso. Eu já até falei que o meu ciclo aqui em Cuiabá acaba hoje”, declarou.
O pai de Lucas, que é de Goiás, contou que recentemente descobriu o diagnóstico de câncer e que, na próxima segunda-feira (24), começa a fazer quimioterapia. Ele também revelou que, após a morte de seu filho, precisou de terapia com psicólogo e psiquiatra.
“Eu adoeci, tive que ir para o psiquiatra, estou participando com psicólogo e acabou que tive diagnóstico de câncer. Então, segunda-feira eu começo a fazer a minha quimioterapia. Eu vou ter que me desligar daqui para poder fazer o meu tratamento”, desabafou.
Durante a audiência, as defesas do capitão dos Bombeiros Daniel de Moura e Silva e do soldado do Corpo de Bombeiros Kayk Gomes dos Santos sustentaram que Lucas Veloso morreu de um “mal súbito” e não por decorrência de maus-tratos.
Já o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) sustenta que Lucas Veloso, que fazia o curso de salvamento aquático do Corpo de Bombeiros, morreu durante um treinamento na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, porque o capitão Daniel Alves ordenou a retirada do equipamento de apoio enquanto Veloso já enfrentava dificuldades na travessia a nado. O aluno teria pedido para sair da água, mas foi impedido. Pouco depois, afundou e emergiu inconsciente. Socorrido, não apresentava pulso e morreu no local.
Cleovimar expressou sua frustração com o andamento do processo e questionou a versão de "morte súbita" apresentada pela defesa do capitão. Ele destacou que Lucas praticava esportes radicais, era instrutor de rapel e que a causa do óbito foi comprovada como afogamento, conforme atestado por laudo pericial.
Por existirem dúvidas sobre a causa de morte, o juiz Moacir Rogério Tortato, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá Especializada em Justiça Militar, determinou um novo laudo pericial, que pode ratificar o anterior ou confirmar a tese da defesa.
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