A audiência que estava marcada para esta quarta-feira (4), para continuar ouvindo testemunhas de acusação sobre a morte do aluno soldado do Corpo de Bombeiros Rodrigo Claro, na Sétima Vara Criminal, agora acontecerá na Vara Militar do Fórum de Cuiabá. O juiz Marcos Faleiros, atualmente titular da da Vara Combate ao Contra o Crime Organizado, abdicou da competência para julgar a tenente Izadora Ledur, considerada a principal responsável pela morte de o soldado bombeiro Rodrigo Claro, durante um treinamento da corporação em novembro de 2016.
Com a mudança, decidido nesta quarta, o caso será enviado ao juiz Murilo Mesquita, responsável pela Vara Militar. A definição de mudança atende um pedido feito pela defesa de Ledur, patrocinado pelo advogado Huendel Rolim, que faz a defesa de Ledur. Na explicação, o magistrado Marcos Faleiros citou que compete à Justiça Militar, e não à Justiça Comum, os crimes dolosos cometidos por militares.
A situação causou grande comoção na família Claro, que não reside em Cuiabá e aguarda a mais de um ano pelo desenrolar do processo. Izadora Ledur deveria ser interrogada nesta tarde, mas com a decisão a oitiva ficou suspensa.
"Frustração para família, vai começar tudo de novo, pois há um ano e cinco meses depois da morte de meu filho vai começar tudo de novo. Isso só prolonga a dor da família. Tenho receio nesse julgamento, pois são pares de farda que irão julgar a Ledur. Porém, existe uma lei que nunca falha, é a Lei de Deus. Então, sigo confiante. Mas isso revolta muito e a dor nunca passa. Na verdade, quem está condenado para sempre sou eu e meus familiares. Nós nunca mais veremos o rosto de nossos filhos", comentou a mão de Rodrigo, Jane Claro, após decisão judicial.
Acontece nesta quarta-feira (4), na Sétima Vara Criminal de Cuiabá, o segundo dia de audiências do caso Rodrigo Claro, aluno soldado do Corpo de Bombeiros que morreu após treinamentos aquáticos comandados pela tenente Izadora Ledur de Souza, que é denunciada pelo crime de tortura que resultou no falecimento do jovem, em novembro de 2016.
Rodrigo morreu durante o 16º Curso de Formação de Bombeiro em Mato Grosso que era ministrado pela tenente.
De acordo com a denúncia, a morte ocorreu durante o treinamento de atividades aquáticas em ambiente natural, na Lagoa Trevisan, em Cuiabá. Apesar de apresentar excelente condicionamento físico, o aluno demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre, entre outros exercícios.
Embora o problema tenha chamado a atenção de todos, os responsáveis pelo treinamento não só ignoraram a situação como utilizaram métodos reprováveis para aplicar “castigos”. Rodrigo Claro morreu por hemorragia cerebral.
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