O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), minimizou nesta sexta-feira (08) em Cuiabá, os efeitos da soltura do ex-presidente da República, Lula da Silva (PT), que estava preso desde abril de 2018 na sede da Polícia Federal, em Curitiba-PR. Lula ganhou liberdade depois de decisão apertada (6 a 5) da Suprema Corte, no processo que tratava da prisão após condenação em segunda instância. Para Gilmar Mendes, tudo transcorreu com “absoluta tranquilidade” e isso demonstra “bastante maturidade” da democracia brasileira.
“A mim me parece que isso será recebido com normalidade hoje. Amanhã ele [Lula] estará em casa e a vida segue normalmente. Um colega nosso chegou a estimar que haveria tumulto com a prisão de Lula, lá atrás, e isso não ocorreu. Agora também falou-se que haveria tumulto entorno da decisão do Supremo Tribunal Federal, todos viram que, a salvo um ou outro manifestante, as coisas transcorreram com normalidade”, avaliou o ministro, durante visita ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).
Na quinta-feira (07), Mendes votou contra a prisão após condenação em segunda instância, embora já tivesse se posicionado favoravelmente em situação anterior. Em seu voto, o magistrado disse que o "fator fundamental" para a sua mudança de orientação foi a forma como os tribunais de instâncias inferiores passaram a entender a decisão do STF de 2016.
“O que o STF disse à época era que a prisão após 2ª instância era uma ‘possibilidade’, e não algo obrigatório”, disse Gilmar, ao se justificar.
Ainda sobre o rescaldo proveniente do processo que resultou na soltura de Lula, Gilmar Mendes salientou que o sistema político precisa ser normalizado.
"Eu vejo isso com absoluta normalidade, acho que temos que normalizar o sistema político, deixar os políticos falarem. Não vamos ter essa intervenção excessiva de juízes, promotores ou delegados".
"Democracia representativa se faz com políticos. É importante restabelecer esse diálogo, a adversidade é normal do processo. Ninguém tem que querer matar seu adversário ou eliminar seu adversário politicamente. São adversários políticos apenas e o processo sucessório é esse mesmo e temos que normalizar isso. É um passo importante”, completou Gilmar.
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Benedito costa 10/11/2019
Gilmar Mendes, matogrossense que tanto nos envergonha! Vamos lutar nas ruas pra mudar a lei para ingressar Procuradores da república, conselheiros de tribunais, ministros do supremo sejam admitidos através de processo seletivo público com mandato igual a de presidente, cada quatro anos outro outro processo seletivo. É o melhor resultado que vamos ter e acaba a corrupção.
WALDOMIRO LOPES 09/11/2019
ESSE TRAÍRA AINDA TEVE CORAGEM DE VIR AQUI?
2 comentários