"O Botafogo está dando todo o suporte necessário ao atleta e reforça o pedido às autoridades competentes para que as medidas cabíveis sejam tomadas. O clube espera que esse problema não se repita com outros atletas brasileiros fora do país."
Ao desembarcar no aeroporto Benito Juárez, na Cidade do México, o atleta foi retido pelas autoridades locais por supostos problemas com o visto de entrada de acordo com o comunicado do Botafogo. O atleta, que possui visto canadense válido, também apresentou comprovante de residência na Dinamarca.
Mesmo diante dos documentos exibidos pelo atleta, as autoridades locais não autorizaram a sua entrada. Diante do impasse, Ygor foi retido por 24 horas e ficou incomunicável. Ao ser deportado do México, nesta quinta-feira, ele afirmou em seu perfil no Instagram que foi vítima de xenofobia e racismo.
"Quero dizer que isso está bem errado. As autoridades mexicanas me trataram como nada. Não me deixaram ligar, pegaram meu telefone, relógio, riram da situação. Não consegui beber água, comer direito. Passei por momentos difíceis. Espero que não deixem essa história barato. Eu estava sozinho, sou preto e sou brasileiro. Isso foi racismo e isso foi xenofobia", disse Ygor, que é residente da Dinamarca e acabou retornando ao País.
"Garanto com todas as letras que foi isso porque nem se quer pararam para me ouvir. Pegaram meu passaporte e me mandaram direto para a entrevista sem critério. Não seguiram uma linha, os processos legais. Seguiram as regras deles. A residência na Europa é um visto", afirmou ainda o atleta.
Ele também criticou a Confederação Brasileira de Badminton (CBBd). "Eu sigo as leis e as regras, sempre segui. Muitas vezes a confederação brasileira não ajudou em quase nada com vistos, e os atletas que são responsáveis. Nunca deixei de ir para um torneio por causa de visto. Eu sempre viajei e nunca deixei de disputar um torneio."
Em nota, a CBBd lamentou a situação e disse que o jogador foi detido pelas autoridades locais por problemas com o visto de entrada. A entidade declarou que "iniciou ações para tentar solucionar a questão e auxiliá-lo, inclusive junto ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) e à organização da Copa Pan-Americana, via presidente da Confederação Mexicana e Pan-Americana de Badminton. Por fim, a CBBD também acessou a Embaixada Brasileira na Cidade do México, que explicou que o atleta seria deportado como forma de cumprir a legislação do país-sede do campeonato."
A CBBd anunciou ainda que "segundo a legislação local, para entrar no país a pessoa precisa preencher um dos pré-requisitos a seguir: visto americano válido, visto canadense presencial válido ou o visto mexicano. No momento de sua entrada, ele estava com o visto americano vencido e o do Canadá não era o presencial. Ygor apresentou documento comprovando residência na Dinamarca, mas não foi suficiente para as autoridades locais."
(Com Agência Estado)
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