O negócio não envolveu a injeção de "dinheiro novo", mas sim a integralização de cotas da joint venture criada em 2022. As empresas formaram uma parceria para desenvolver residenciais avaliados em R$ 2 bilhões, superando essa meta ao alcançar R$ 2,3 bilhões em seis projetos.
O acordo também concedeu à Eztec o direito de adquirir uma participação na Lindenberg até 2027, um marco que foi antecipado por mútuo acordo. Desde a criação da joint venture, a Eztec foi a responsável pelo aporte de recursos nos projetos, que agora integram o balanço da Lindenberg.
Em contrapartida, a Eztec adquire essa participação de 47% na antiga parceira, que agora se torna uma empresa investida. Outros 47% da Lindenberg permanecem sob controle do presidente, Adolpho Lindenberg Filho, e da diretoria, enquanto 6% estão distribuídos no mercado.
Eztec e Lindenberg são duas das mais renomadas empresas do setor imobiliário de São Paulo. Os fundadores, Adolpho Lindenberg e Ernesto Zarzur, já falecidos, mantinham uma boa relação, que se estende aos seus filhos, atuais gestores das empresas.
A Lindenberg, fundada em 1954 e listada na Bolsa em 1977, ganhou notoriedade por convencer magnatas a trocarem mansões por apartamentos de luxo, uma novidade na época. Atualmente, foca em imóveis com valores a partir de R$ 3 milhões. A Eztec, criada em 1979 e listada na Bolsa em 2007, atua de forma eclética, desenvolvendo projetos residenciais e comerciais para diferentes faixas de renda na região metropolitana.
O primeiro projeto em conjunto ocorreu em 2002, com a Lindenberg prestando consultoria a um dos primeiros empreendimentos de alto padrão da Eztec. Desde então, realizaram 18 empreendimentos em parceria, totalizando 7,2 mil unidades e R$ 3,6 bilhões em vendas.
"Crescemos juntos, enfrentando tanto os bons quanto os maus momentos em perfeita sintonia", relata Silvio Zarzur, presidente da Eztec, ao lado dos irmãos Flávio, presidente do conselho, e Marcelo, vice-presidente executivo.
Para a Lindenberg, o acordo é estratégico para reduzir sua alavancagem, que havia atingido 4,2 vezes (dívida sobre patrimônio). Com a capitalização, o patrimônio líquido da empresa aumentará de R$ 30 milhões para R$ 170 milhões, e a alavancagem se aproximará de zero. Essa melhoria na estrutura de capital diminuirá o risco da empresa e facilitará o acesso a crédito mais vantajoso.
"Este acordo fortalece a empresa para enfrentar os desafios do mercado, além de trazer um ganho significativo em inteligência e conhecimento", afirma Adolpho Filho, em entrevista conjunta com os Zarzur.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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