O levantamento verifica que o País tem potencial não só com o impulso na produção de biocombustíveis, como também na chamada indústria verde. Ou seja, com a exportação de produtos industriais de baixo carbono. O estudo contratado pela entidade foi conduzido pela PwC Strategy e menciona que o Brasil tem "condições privilegiadas para se tornar um hub global de descarbonização".
São mostrados, por outro lado, diferentes "desafios estruturais" que comprometem a competitividade industrial no país. No setor energético, encargos e subsídios representam até 70% do custo final da energia elétrica, reduzindo a competitividade das empresas brasileiras, segundo o estudo. Além disso, 70% das exportações do país ainda são baseadas em commodities.
"Diferentemente da maioria dos programas e políticas atuais, que focam apenas na oferta de energia, o estudo enfatiza a importância de estimular a demanda para viabilizar um novo ciclo de industrialização no país", avalia Paulo Pedrosa, presidente da ABRACE Energia. Ele apresentou mais cedo o estudo ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
A pesquisa indica aumento de 10 GWm (gigawatt médio) no consumo elétrico e a redução de 100 milhões de toneladas de CO? na atmosfera até 2030, com a transição energética. É estimada também a geração de 3 milhões de empregos.
Para facilitar essas projeções, o levantamento mostra como necessário: simplificação tributária; políticas para eletrificação industrial; estímulo ao financiamento da transição diminuição dos encargos do setor energético para aumentar a competitividade da indústria; regulação do mercado de carbono, dentre outros pontos.
A ABRACE Energia aposta que a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) no Brasil será uma oportunidade "para firmar acordos internacionais e atrair investimentos" aos setores industriais sustentáveis.
(Com Agência Estado)
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