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Política Quinta-feira, 28 de Novembro de 2013, 16:53 - A | A

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Quinta-feira, 28 de Novembro de 2013, 16h:53 - A | A

GASTOS PÚBLICOS

Gasto de R$ 1,5 mi da Câmara em papelaria leva MP a investigar gestão

Este ano Câmara de Cuiabá gastou R$ 1,5 milhão em papelaria e prefeitura R$ 500 mil

NAYARA ARAÚJO E JONAS DA SILVA

(Atualizada 20h19)





A comparação feita por promotores do Ministério Público (MPE) de gastos da Câmara de Cuiabá três vezes mais do que a Prefeitura levou o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) a investigar o Legislativo Municipal e decidir pelo afastamento do vereador João Emanuel Lima (PSD) da presidência da Mesa Diretora.

Enquanto o legislativo gastou este ano desde abril R$ 1,5 milhão no fornecimento de materiais de papelaria, o Palácio Alencastro teve gasto de R$ 500 mil. João Emanuel nega "algum esquema" investigado pelo MPE. Vereadores também foram intimados para se explicar sobre pagamento de propina após a Operação O Aprendiz.

Marcos Lopes/HiperNotícias

João Emanuel nega 'algum esquema' investigado pelo MPE

As investigações do Ministério Público sobre fraudes em licitação na Câmara começaram há dois meses, quando o MP cruzou dados de gastos da gráfica Propel, de Várzea Grande, um dos locais onde o Gaeco fez busca e apreensão com autorização da Justiça.

Os promotores agora vão verificar se a gráfica tem suporte de fornecimento dos materiais, estoque suficiente para justificar a movimentação financeira, e se os materiais de fato foram fornecidos à Câmara de Cuiabá.

Jorge Maciel/HiperNotícias

Vereadores foram notificados na Operação Aprendiz, que investiga fraudes em licitação e denúncia de pagamento de propina na Câmara de Cuiabá

“Esse sobrepreço deu o pontapé inicial para supostas irregularidades. Através das investigações, ficou claro que há indicativos de captação ilícita de recursos por meio de factorings e utilização da condição de presidente para dar legalidade ao trâmite”, disse o chefe do Gaeco, Marco Aurélio Castro, durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta (28).

Na oportunidade, o promotor de Justiça Mauro Zaque, que também participa da operação, rebateu o pronunciamento feito por Eduardo Mahon, defesa do então presidente do Legislativo.

Mahon alegou que João Emanuel já havia prestado as informações requisitadas pelo Grupo na última sexta-feira (22) e que também não havia sido notificado.

Divulgação

Gaeco notificou os 25 vereadores da Câmara Municipal de Cuiabá

“Falece esse argumento dele (João Emanuel) se observarmos que o prédio da Gaeco é outro. Ele esteve no Núcleo de Patrimônio Público. O que se espera de um advogado é que ele saiba, no mínimo, do que se trata uma notificação”, disse o promotor, em referência a formação acadêmica em direito do presidente afastado.

Dos oito mandatos de busca e apreensão expedidos, sete já foram cumpridos. Segundo os promotores, resta apenas um pelo fato do suposto envolvido ter mudado recentemente de endereço.

DEPOIMENTO DE VEREADORES

Nesta sexta-feira (29) todos os vereadores foram notificados e irão prestar depoimentos na sede do Ministério Público Estadual.

Os parlamentares serão ouvidos das 8h às 12h. Sete promotores, sendo quatro de atuação no Gaeco, participarão.

DOIS AFASTAMENTOS

Durante a coletiva os promotores também explicaram as diferentes perdas que João Emanuel pode sofrer, uma vez que, dois procedimentos distintos o afastam do principal cargo da Mesa Diretora.

Isso porque, pela manhã, houve o afastamento na esfera criminal. No período da tarde, contudo, a Cível também homologou decisão pedindo novo afastamento.

Segundo o promotor Marco Aurélio, o afastamento decretado no âmbito cível por atos de improbidade administrativa podem culminar no afastamento da função pública, perda de direitos políticos e ressarcimento aos cofres públicos. Já o criminal, entre as penalidades que variam conforme a Lei, também pode haver condenação.

OUTRO LADO

O advogado de João Emanuel, Eduardo Mahon, afirma estar tranquilo quanto ao procedimento de investigação criminal relativo aos gastos com papelaria que o Gaeco cita como fraude em licitação. Ele explica que o processo foi todo encaminhado, com tomada de preço em 2012, quando João Emanuel não era presidente.

O que foi feito, diz, foi uma adesão à ata de licitação após tomada de preço. ""Acabou 2012, o processo veio para ele, com pareceres, tomada de preço, pronto. Ele disse, contrato eu assino", afirma ao HiperNotícias.

Sobre o questionamento dos promotores do Gaeco de que o material pode não ter sido entregue e a capacidade da empresa, ele cita que tudo ocorreu de acordo com a lei. "Temos nota fiscal dos produtos, comprovante de empenho, cópia de quantidade entregue e de material disponibilizado", argumenta.

A reportagem tentou entrar em contato com João Emanuel , mas ele não atendeu à ligação.

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