O câncer colorretal é um dos tipos de câncer mais incidentes no Brasil e pode ser silencioso em seus estágios iniciais. No entanto, a prevenção e o diagnóstico precoce fazem toda a diferença no combate à doença. Durante o Março Azul-Marinho, campanha dedicada à conscientização sobre o tema, é preciso reforçar a importância dos exames regulares e da adoção de hábitos saudáveis.
O médico patologista Carlos Aburad afirma que de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados 45.630 novos casos da doença em 2025, com projeção de mais de 21 mil mortes. “Apesar dos números preocupantes, o câncer colorretal pode ser prevenido.
Quando identificado no início, as chances de cura chegam a 90%”, destaca ele, Entre os principais fatores de risco estão a alimentação inadequada, como o consumo excessivo de carnes processadas (salsicha, linguiça, bacon, presunto), o sedentarismo, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.
“O alto consumo de carnes processadas, alimentos ultraprocessados e gordurosos aumenta significativamente o risco da doença. Já um estilo de vida saudável, com dieta rica em fibras, frutas e vegetais, além da prática regular de atividade física, funciona como um escudo contra o problema”, explica Aburad.
Embora muitas vezes assintomático no início, o câncer colorretal pode apresentar sinais de alerta, como sangue nas fezes, alteração no hábito intestinal, dor abdominal persistente, perda de peso inexplicável e fadiga constante.
O exame mais eficaz para a detecção precoce da doença é a colonoscopia, recomendada para pessoas a partir dos 45 a 50 anos, ou antes, em casos de histórico familiar. “A colonoscopia permite visualizar o interior do cólon e do reto, identificando pólipos que podem ser removidos antes de se tornarem malignos. Esse exame salva-vidas e deve fazer parte da rotina de cuidados com a saúde”, enfatiza o patologista.
A campanha Março Azul-Marinho busca ampliar o debate sobre o câncer colorretal e incentivar a população a adotar medidas preventivas. “A informação é a nossa melhor aliada. Pequenas mudanças no cotidiano podem fazer uma grande diferença na prevenção. Quando se trata de saúde, não podemos ignorar os sinais do corpo”, conclui Aburad.
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