Onze policiais que participaram do curso de treinamento para compor o quadro do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) de Mato Grosso no ano de 2010 serão presos administrativamente nas próximas horas por excesso de proporcionalidade, omissão de socorro e tortura na morte do soldado Abinoão Soares de Oliveira.
Reprodução
Corregedoria conclui que houve excesso no treinamento que resultou na morte do soldado Abinoão Soares de Oliveira
O curso foi realizado no Lago do Manso, quando o soldado não suportou um treinamento de mergulho e acabou morrendo afogado no dia 24 de abril, há seis anos. Dos 11 policiais que serão presos, seis são oficiais e cinco são praças.
Outros 12 processos, que envolvem 12 militares, entre oficiais e praças, estão em fase de finalização para que seja dada a sentença para cada. Segundo a Corregedoria da PM, um dos praças, já com a prisão administrativa decretada, deve passar também pelo Conselho de Disciplina para saber se ele continua ou não na Corporação.
O caso também deve passar pelo governador Pedro Taques (PSDB), que acompanhará de perto o processo administrativo contra os oficiais, principalmente se a Justiça decretar que todos devam ser exonerados.
O curso que o soldado Abinoão participava em Mato Grosso era o Tripulante Operação Multimissão, conhecido como TOM-M, realizado pelo Ciopaer.
De acordo com a Corregedoria, a morte de Abinoão foi provocada por causa de excesso. O militar não resistiu aos exercícios e acabou morrendo. Outros dois militares também passaram mal por causa do treinamento feito pelo BOPE e por muito pouco não perderam a vida.
O caso teve repercussão nacional. O secretário de Segurança Pública à época, Diógenes Curado, mandou instaurar dois inquéritos, um civil e um militar. A Corregedoria informou que o Comandante da PM de MT, Gley Alves, determinou o máximo de celeridade na investigação e transparência.
O corregedor da PM, coronel Wilson Batista, disse que a transparência da PM é o ponto forte do novo comando. “Precisamos ser transparentes com a sociedade. Impunidade aqui e em nenhum lugar deve deixar de existir”, comentou o coronel.
Os comandantes das Unidades Militares onde esses PMs estão lotados deverão apresentá-los para que as sentenças sejam cumpridas. Eles devem ficar de oito a 25 dias presos em unidades policiais militares, até que a decisão judicial seja proferida.
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Patricia 12/05/2016
Novo curso em andamento e novas torturas ocorrendo por parte do Cb PM Francisco, que é da unidade responsável.
Igor 01/04/2016
Para uma vida ceifada, isso é pouco!!!
Esmeralda Soares 30/03/2016
Demorou,mas, a justiça terrena está sendo feita. Meu irmão foi torturado com ritos de crueldade até a morte pelo próprios "colegas de farda". Isso é revoltante e desolador para toda a família, bem co para a sociedade. Que esses marginais seja penalizados com os maiores rigores possíveis para que outros filho, irmãos, país, tios, homens de bem não tenha a sua vida e de toda a família, ceifada. Obrigada Deus, muito obrigada!!!!
3 comentários