Herley Nascimento dos Santos, o maníaco acusado de cometer quatro estupros na região metropolitana de Cuiabá e outros 50 abusos sexuais em quatro estados do Brasil, foi ouvido na semana passada por dois delegados da Polícia Civil de Mato Grosso no presídio Urso Branco, em Rondônia. O principal motivo da ida dos delegados para o estado vizinho é a possibilidade de trazer o estuprador para Mato Grosso.
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“Existe uma possibilidade dele ficar preso aqui, porém ele também tem mandado de prisão em outros estados, como o Amazonas. Fizemos o pedido e agora depende da Justiça decidir o futuro dele”, contou o delegado Claudio Alvares.
Jornal A Crítica

Herley diz que era obrigado a ver o padrasto mantendo relações sexuais com sua mãe enquanto ficava ajoelhado sobre o milho
Se mostrando um homem calculista, frio e conhecedor da legislação criminal, Herley confirmou ataque a duas mulheres e uma criança em Várzea Grande, porém negou um quarto caso cuja autoria também lhe é atribuída.
O interrogatório foi feito pelo delegado, Claúdio Álvares Sant’ana, adjunto da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Idoso de Várzea Grande, e a delegada Eliane da Silva Moraes, adjunta da Delegacia da Mulher de Cuiabá, na sede da Delegacia Especializada de Repressão a Delitos Cometidos no Sistema Penitenciário, em Porto Velho (RO).
TRAUMA
O criminoso contou aos delegados que, quando tinha três anos de idade, sua mãe arrumou um companheiro que costumava manter relação sexual com a mulher na frente dele, que era mantido ajoelhado sobre grãos de milho. Tempos depois, Herley passou a ser abusado pelo padrasto.
O criminoso também afirmou que os crimes sexuais que comete são “igual a um vício, como droga”, mas disse ficar “com peso na consciência” depois de abusar das vítimas. Antes de iniciar na vida criminosa, aos 19 anos, Herley era servidor público concursado em Rondônia, estado em que nasceu.
CONFISSÕES
No interrogatório, Herley, que também se passava por Célio Roberto Rodrigues, 34, o 'Alê', disse que chegou em Mato Grosso em dezembro de 2014, quando veio foragido de Porto Velho pra cá. De início, no começo do ano, ele atacou duas muheres em uma semana e, em seguida, atacou uma criança de 11 anos que estava a caminho da escola no bairro Jardim Glória, em Várzea Grande.
Com relação aos casos de estupro ocorridos em 2015, em Cuiabá, o acusado confessou a autoria, mas se reservou ao direito de não fornecer detalhes. Ele também alegou que nunca fez uso de entorpecentes e só faz uso de bebidas alcoólicas esporadicamente.
Questionado sobre dois casos de estupros seguidos de morte ocorridos no início de 2015, afirmou que não praticou os crimes e se prontificou a ceder material para exame de DNA.
O acusado negou ser o autor do estupro ocorrido no dia 20 de março deste ano, no bairro Jardim União, em Várzea Grande, afirmando que “raramente andava pela cidade de Várzea Grande”. No entanto, confessou ter estuprado uma menina de 11 anos no dia 30 de março de 2015, no bairro Jardim Glória. Na ocasião, abordou a menina de via pública, portando uma pistola calibre 40, e obrigou a criança a praticar sexo oral nele.
“Todo o modo de agir na abordagem dessas vítimas é dele, por isso vamos fazer o confronto genético”, disse o delegado Claúdio Alvares Sant’ana.
Herley - ou Célio - também confessou um assalto à mão armada, ocorrido no dia 9 de fevereiro de 2015, em um consultório de psicologia. O caso é investigado pela Delegacia de Roubos e Furtos. Na ação, ele roubou cerca de R$ 700 reais.
O criminoso está preso no presídio de segurança máxima, Urso Branco, em Porto Velho, Estado de Rondônia. Além de ser interrogado, teve quatro mandados de prisão preventiva cumpridos e material genético coletado, para confronto em exame de DNA.
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