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Cidades Quinta-feira, 31 de Outubro de 2019, 17:17 - A | A

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Quinta-feira, 31 de Outubro de 2019, 17h:17 - A | A

CONDOMÍNIO TERRA NOVA

Mais de 50 famílias devem deixar casas por risco de desabamento em VG

KHAYO RIBEIRO

Uma portaria do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apontou que 54 famílias devem sair de suas casas por conta de os imóveis apresentarem problemas estruturais com riscos de desabamento. As residências fazem parte do Condomínio Terra Nova, localizado no bairro 23 de Setembro, em Várzea Grande.

Reprodução

Condomínio Terra Nova

 Registro da Defesa Civil em uma das residências

A notificação foi expedida nesta terça-feira (29) e sinaliza o prazo de até 48 horas para que os moradores desocupem os imóveis. Ao HNT/HiperNotícias, uma das residentes que deverá sair de sua casa contou que foi pega de surpresa com o requerimento e ainda não sabe para aonde ir.

“Eu comprei minha casa há oito anos. Esperei oito anos para fazer as reformas que sempre sonhei. Agora, depois que gastei mais de 30 mil com ampliações, vou ter de sair da minha casa. Isso tudo sem falar que ainda estou pagando parte do dinheiro que gastei”, se emociona Milene Nunes, moradora de uma das casas que deve ser desocupada.

Ela acrescenta que, desde que se mudou para o imóvel, percebeu fissuras no teto de um dos quartos e da sala. Diante da situação, acionou à direção do condomínio, que à época teria aplicado massa corrida nas rachaduras. Contudo, algum tempo depois da intervenção, os problemas voltaram.

“São rachaduras muito grandes nas casas aqui. Minha vizinha, por exemplo, já consertou a casa cinco vezes. A explicação que a gente teve em uma das reuniões de condomínio foi de que o solo no qual todas as casas foram construídas era impróprio. Por conta disso, a estrutura das casas ficaria sempre prejudicada”, contou Milene.

À reportagem, a moradora do condomínio conta que os valores das casas do residencial variam entre 240 mil reais e 400 mil reais. Com a notificação, os moradores ainda tiveram nenhum tipo de encaminhamento do condomínio a respeito de para aonde podem ir ou se terão algum tipo de restituição.

“Os moradores estão desesperados, com os olhos inchados de tanto chorar. Tem uma moradora de quase 90 anos que entrou em depressão depois que o boato de nos mudarmos começou. Eu mesma não dormi a noite, apenas cochilei. A todo momento choro. Porque ainda nem sei para aonde ir. Vou levar o básico para não estragar, o resto dos móveis vou deixar”, lamentou Milene.

Reprodução

Condomínio Terra Nova

 Notificação do MPMT

Em imagens e vídeos produzidos pelos moradores é possível ver diversas rachaduras em vários pontos das casas. Em um dos registros compartilhados (que estarão disponíveis ao final da matéria), o pé de uma das moradoras quase passar pela fissura da residência.

A reportagem entrou em contato com a imobiliária responsável pelo condomínio, a RNI Negócios Imobiliários. Em resposta, a comunicação do negócio apontou que o residencial foi entregue com estrutura para suportar 618 casas sem que os imóveis passassem por alterações.

Dessa forma, segundo argumentação da RNI, casos os moradores tenham feito alterações na estrutura de suas casas, os empreendimentos podem apresentar problemas estruturais.

Confira nota da imobiliária a seguir:

Em solidariedade aos moradores do condomínio Terra Nova Várzea Grande, na região metropolitana da Cuiabá, a incorporadora e construtora RNI anuncia que vem adotando medidas para dar suporte às famílias afetadas por danos em 54 imóveis do empreendimento. A empresa ressalta que essas ações ocorrem como demonstração de colaboração, enquanto são apuradas as causas das avarias construtivas observadas pela comunidade, e não têm qualquer relação com a garantia das unidades, já expirada. O condomínio foi projetado, construído e entregue em pleno funcionamento há mais de dez anos, de acordo com todos os parâmetros apontados pelas autoridades competentes.

A incorporadora vai realizar nesta sexta-feira (1º) uma reunião com o gestor do condomínio Terra Nova Várzea Grande, para discutir medidas de mitigação dos transtornos aos moradores. Desde já, a RNI compromete-se a dar auxílio de acomodação às famílias que serão removidas de suas residências.

A RNI informa que enviará, na próxima segunda-feira (4), uma equipe especializada ao empreendimento para uma nova vistoria nas casas que apresentam trincas e fissuras. Esse trabalho, que dará continuidade aos esforços já implementados, tem como objetivo de dar suporte a análises técnicas.

Em julho, a construtora realizou voluntariamente vistoria no Terra Nova Várzea Grande para apurar possíveis causas aos danos relatados por moradores. Na época, contratou uma empresa de engenharia especializada para fazer uma análise com documentação fotográfica dos imóveis. O laudo elaborado pela consultoria independente indicou que os danos foram ocasionados por movimentação do solo e envolvem as edificações construídas depois da entrega do residencial, em 2009. A companhia não tem conhecimento sobre os métodos e/ou processos adotados nas ampliações ou modificações realizadas após a implantação do condomínio.

A RNI tem profundo respeito pela população do Mato Grosso, onde já lançou mais de 5,5 mil unidades, todas seguindo os mais elevados padrões de qualidade. A empresa sempre esteve e continua à disposição dos órgãos competentes no Estado e em Várzea Grande. E contribuirá para que a situação no condomínio Terra Nova Várzea Grande seja normalizada o mais breve possível.

 

 

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