Claudia, que não tinha relação com o roubo, estava caminhando pela calçada e foi atingida. Conforme o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia, o seu quadro de saúde é estável. Ela foi levada ao Hospital Albert Einstein.
Segundo o boletim de ocorrência, a ação começou quando uma mulher dentro de um táxi foi abordada pelos ladrões. Como o celular da mulher caiu no chão do veículo, um dos bandidos mergulhou dentro do carro. O taxista afirma que pegou um pela camisa, mas o outro fez menção de ter uma arma e, por isso, ele soltou o ladrão. Na sequência, ele relata ter avançado com o automóvel, um Toyota Corolla Cross, e ouvido disparos.
À polícia, o PM de folga relatou que estava em um carro de aplicativo quando percebeu que ocorria um crime a alguns metros de distância e interveio. "Em função da grave ameaça iminente, eu fiz o saque da arma de fogo, me identifiquei novamente como policial e então efetuei alguns disparos", disse.
No depoimento que o Estadão teve acesso, o policial disse não saber quantos disparos foram dados e que os suspeitos fugiram. Ele informou que a diplomata colombiana Cláudia Ortiz esbarrou em um dos ladrões e caiu no chão.
A polícia apura a participação de três suspeitos no crime. Um deles - Bruno Narbutis Borin, de 19 anos - foi detido. Conforme informações preliminares da polícia, ele tem duas passagens por tráfico de droga, três por furto e uma por latrocínio. Ele dirigia o carro utilizado na fuga, que foi apreendido pela polícia. Os outros dois suspeitos fugiram a pé.
A defesa dos suspeitos diz que só houve disparos da parte do policial. "Não houve, em momento algum, troca de tiro. Tanto que, no depoimento do policial, ele afirma que não houve troca de tiro. O que eles evidenciam é que houve uma 'movimentação estranha', e, nesse momento, na tentativa de roubo, o policial à paisana desferiu tiros para acertar os supostos meliantes e acabou acertando, evidentemente, a vítima", diz o advogado Lucas Marques. "Não existia arma, (os suspeitos) não estavam armados", continua.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que a ocorrência foi registrada no 78º Distrito Policial (Jardins) como lesão corporal decorrente de intervenção policial, disparo de arma de fogo e tentativa de roubo. "A arma do policial foi apreendida para perícia, e todas as circunstâncias do caso estão sendo apuradas por meio de um inquérito policial. A Polícia Militar acompanha os desdobramentos da investigação conduzida pela Polícia Civil."
Onda de crimes violentos preocupa
Em 2024, os roubos caíram na capital, mas a repercussão de crimes com emprego da violência tem aumentado a percepção de insegurança na cidade.
Na semana passada, um homem de 55 anos foi baleado durante assalto dentro de uma padaria na Rua Simão Álvares, em Pinheiros, zona oeste. O ataque ocorreu apenas um dia após outro homem ser baleado em tentativa de roubo no bairro, na Rua Capote Valente.
Há um mês, o ciclista Vitor Medrado, de 46 anos, foi morto a tiros nas proximidades do Parque do Povo, no Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo. Ele estava em sua bicicleta quando foi abordado por assaltantes.
(Com Agência Estado)
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