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Artigos Sábado, 24 de Outubro de 2015, 15:59 - A | A

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Sábado, 24 de Outubro de 2015, 15h:59 - A | A

Caça às bruxas e o coro de Cunha

Calcula-se que a cada 11 minutos, alguém é vítima de violência sexual no país, sendo que maior parte destas vítimas são mulheres e os agressores de sexo masculino

MIRELLA DUARTE

Arquivo pessoal

Mirella Duarte

 

Logo no mês de outubro e chegando ao dia 31, Dia do Saci no Brasil e também Dia das Bruxas, ou melhor, hallowen popularizado mundialmente a partir de celebrações dos povos Celtas, à Câmara dos Deputados promove ainda mais retrocesso aos direitos das mulheres dando continuidade a uma perseguição política e social, tal qual a caça às bruxas do século XV.

 

Como prova cabal da permanência fundamentalista, religiosa e que desrespeita a Constituição de um Estado Laico e provavelmente inspirados no período da Idade Média, foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), cuja autoria inclui o Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o Projeto de Lei 5069/2013, que visa à proibição da distribuição da pílula do dia seguinte como método contraceptivo para mulheres vítimas de violência sexual.

 

O projeto, que agora segue para o plenário da Câmara defende que a prevenção só aconteça movida do boletim de ocorrência, ignora totalmente os dados da segurança pública, que apontam que os casos de estupro superaram os de homicídios dolosos e que somente 10% das vítimas desse tipo de crime costumam prestar queixas à polícia, de acordo com estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). 

 

Calcula-se que a cada 11 minutos, alguém é vítima de violência sexual no país, sendo que maior parte destas vítimas são mulheres e os agressores de sexo masculino. Mulheres não tem segurança em denunciar, pois temem as ameaças de morte, que em muitos destes casos são cometidos por pessoas conhecidas e na ausência de provas, medo de reprovação e principalmente por conta da cultura machista, silenciam.

 

Levantaram as tochas, ou melhor, desta vez só as mãos, e tentam condenar o útero alheio gritando “vida, vida, vida”, mas a vida de quem? Enquanto abortos já acontecem clandestinamente e milhares de mulheres morrem se não pela violência sexual nas mesas geladas e sujas de sangue tão semelhantes aos porões de torturas do passado, que “satanizavam” mulheres, as transformaram em criminosas e chamaram de bruxas.

 

Estas, que por coincidência ou não, também eram impedidas de métodos relacionados à saúde, mas provavelmente não tinham o nariz grande ou voavam em vassouras como dizem as estórias de livros. Eram parteiras, curandeiras, benzedeiras e sábias de todos os tipos, que aliviavam as dores dos outros, enquanto uma minoria nobre explorava os camponeses e menos favorecidos.

 

Parece até fábula, mas não é e quem dera a chama da inquisição, nada fictícia, tivesse mesmo acabado e o coro mais forte fosse o de “fora cunha”.

 

*MIRELLA DUARTE é Jornalista, Pesquisadora em Ciências Sociais e Consultora de Marketing Digital.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Carlos Nunes 24/10/2015

Vida, vida, vida, mas vida de quem? Bem, a vida de mulheres e homens que serão impedidos de nascer porque sofreram o ABORTO. E tudo isso acontece porque tiraram o tema REENCARNAÇÃO da Bíblia faz tempo. Se entendessem que nesse mundo só estamos de passagem, que a vida é breve, como num sonho. Ficamos nessa dimensão material, e retornamos para a outra, astral, por mais tempo; lá programamos a nossa felicidade, fazemos vários acertos, inclusive quem será o nosso paí e nossa mãe. Objetivo: Evoluirmos, sairmos da roda das reencarnações, depois que transmutamos todos os nossos defeitos por aqui. Segundo Ramatís, na Terra estão encarnadas mais de 7 bilhões de almas, e 20 bilhões estagiam nas diversas dimensões do Astral, programando a época de reencarnar. Num ato de misericórdia divina, a gente esquece da vida passada, e começa tudo de novo, é dada uma nova oportunidade de evolução. Uma ano antes de reencarnar comparecemos diante do Conselho Cármico, composto de vários seres cósmicos, e é dado o quinhão de carma que teremos que transmutar, nessa reencarnação; aí com a autorização, ficamos diante da Mãe Divina, Nossa Senhora, e ela retira o que há de melhor em nossas almas, e molda o nosso coração, aquele que depois será materializado na Terra, para nós, como almas, guardarmos. E ela diz: no coração, será guardado o sentimento, o amor divino. Seria o ABORTO, um ato de extremo egoísmo pessoal, e falta de amor para aqueles que vão reencarnar? Que aconteceria se a nossa mãe tivesse decidido pelo aborto? Não teríamos nem nascido. Vida, vida, vida, mas vida de quem? E o Shakespeare dizia: entre o céu e a terra existe mais do que imagina a nossa vã filosofia. Pois é, ainda estamos no jardim de infância, não conhecemos nada da vida, somos é materialistas prá chuchu; e espiritualistas muito pouco.

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