O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que já havia sido avisado por Carlos Fávaro, ainda na semana passada, sobre o pedido de renúncia ao cargo de vice-governador do Estado. Em contrapartida, nesta manhã, Fávaro afirmou que não teria avisado o governador, porque somente a Assembleia precisaria ser comunicada. Para o tucano, a decisão é legítima, uma vez que Fávaro deseja se dedicar à sua candidatura ao Senado. O governador negou ter sido pego de surpresa com o movimento na manhã desta quinta-feira (5).
Fávaro esteve esta manhã no Parlamento estadual, onde protocolou junto à presidência o seu pedido de desligamento do cargo. Ele foi acompanhado pelo presidente da AMM, Neurilan Fraga e pelos deputados de oposição.
"Temos que respeitar essa decisão do ex-vice governador Carlos Fávaro. É normal, outros vices que vão concorrer a outros cargos na eleição de outubro estão fazendo o mesmo. Estou focado, trabalhando por Mato Grosso e vou continuar fazendo isso".
Em coletiva na Assembleia Legislativa, Fávaro ponderou que não poderia se dedicar ao projeto de fortalecer o partido visando o pleito deste ano utilizando a estrutura disponibilizada pela vice-governadoria.
No entanto, fontes ouvidas pelo Hipernotícias afirmam que a renúncia foi provocada por uma tentativa de Taques, junto ao presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, de destituir o diretório estadual, entregando o comando da sigla aos deputados que anunciaram apoio ao chefe do Executivo.
Além disso, Fávaro se afastaria para evitar uma possível inelegibilidade, uma vez que caso o governador se ausente, o vice assume automaticamente. A Justiça Eleitoral afirma que o vice não precisa se desincompatibilizar para concorrer a qualquer cargo na disputa, desde que seis meses antes do pleito não tenha substituído o titular.
Apesar das informações de bastidores, Fávaro afirmou que a relação com Taques segue amistosa.
"Respeito o Fávaro que quer procurar o caminho ao Senado. Acha melhlor estar fora para se dedicar, o que é legítimo. Quero agradecer pelo período que ajudou Mato Grosso", disse Taques.
Debandada
Os quatro deputados do PSD devem anunciar agora a saída do partido. Conforme adiantou o governador Pedro Taques, os deputados já externaram a vontade de deixar a legenda e procuraram o chefe do Executivo para tratar do assunto. Desde que a maioria do PSD se posicionou pela postura independente, os parlamentares Gilmar Fabris, Nininho, Wagner Ramos e Pedro Satélite declararam continuar na base de Taques.
Uma coletiva está agendada para as 14 horas para anunciar o futuro destes quatro parlamentares. A reunião com a imprensa ocorre no gabinete do deputado Gilmar Fabris.
Taques ainda ponderou que o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Domingos Sávio, permanece no governo e ganhará uma nova ocupação na máquina. Só não revelou qual seria o novo cargo.
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